domingo, 21 de dezembro de 2008

SIMPATIAS DA MAKOTA III



TENHA MUITA FÉ.

NATAL
Na véspera de natal para aqueles que vão fazer a ceia em casas de parentes e amigos, devem deixar a mesa arrumada, colocando uma taça de vinho, uma taça de água e quatro fatias de pão, representando o espírito natalino e pedindo fartura para próximo natal, após os festejos natalinos colocar em jardim florido e verde.

ANO NOVO 1 -
No dia 31 para aqueles que vão festejar o ano novo fora de casa, devem deixar a mesa arrumada, colocando uma taça de vinho, uma taça de água com essência de flora de laranjeira ou água de flor de laranjeira, quatro fatias de pão, u m cachinho de uva Itália, pouco de lentilha fervida, quatro moedas corrente e quatro rosas brancas, pedindo prosperidade, fartura, saúde, paz e não faltar o pão de cada dia em sua casa. Colocar depois das festas em um jardim ou na praia.

2 – Banho de limpeza para que entre o ano novo cheio de esperança e realizações: peque duas folhas de trevo de quatro folhas, folhas de alevante, poejo, manjericão, duas rosas brancas se tiver coloque macaçá , oriri , amarcerar ou quinar as folhas deixando dentro de um balde com água juntamente com uma jóia valiosa de ouro, de prata e perola, deixe de um dia para o outro. Quem tem possibilidade ponha no sereno no quintal, e que não tem coloque dentro de casa ou na varanda, do dia 30 para 31 e tome o banho da cabeça aos pés, retirando antes as jóias e guardando ou usando normalmente, coar banho e a sobra coloque em jardim florido. Boa sorte e feliz ano novo.

3 – Se você quer saber como será o ano novo se vai ser bom ou ruim, faça o seguinte: no dia primeiro ao sair na rua preste atenção que vai ver primeiro, se for uma criança, terá um ano alegre, se for um rapaz, um ano de novidade, se for um idoso, um ano sem novidades, se for um animal qualquer será um ano de alerta e bom.

PARA TER DINHEIRO O ANO TODO.

No primeiro dia de cada ano, cozinhe um punhado de arroz sem sal ou qualquer outro tempero. Em seguida, vá até um formigueiro e coloque o arroz a partir de uma certa distancia ate a entrada do formigueiro. É importante não alterar esta ordem. Repita todos os anos. Se você tiver filhos ensine-lhe esta simpatia.

PARA AUMENTAR A POTENCIA SEXUAL. Consiga a espora de um galo de briga ou um dente de coelho e torre-o e faça um pó, coloque um colher de café, na comida ou no suco da pessoa que esteja com este problema uma vez na semana.

PARA A PESSOA NÃO ENVELHECER RAPIDO.

Toda sexta feria, cortar um dente de alho roxo e ir mastigando, tomando água morna em copo virgem e guarde este copo somente para uso da simpatia. Pare quando tiver vontade.

PARA ACHAR OBJETOS PERDIDOS.

Pegue um copo branco liso, bem limpo e vire de boca para baixo, ninguém pode tocar a não ser quem esteja fazendo a simpatia, e saia procurando o objeto perdido e assim que achar desvire o copo e agradeça.

PARA SEPARAR UM RIVAL

Escreva o nome do homem e da mulher e um papel branco sem uso, dobre bem e coloque dentro de uma pimenta vermelha com sal grosso, fechar e dizer: “O amor de fulano por fulana só irá a frente se esta pimenta brotar” enterre em valo de planta ou no jardim. Lua minguante.

PARA MANTER O ESPIRITO JOVEM.

Prender uma jóia numa peças intima e guarde esta peça durante três semanas. Depois desse período, passar a usar a peça intima e a jóia três sábados seguidos. E depois do terceiro sábado retirar a jóia da peça intima e passar a usá-la normalmente.

SIMPATIAS DAS MINHAS BISAVÓS.

PARA EVITAR ASSALTO E ENTRAR E SAIR EM QUALQUER LUGAR SEM TER PROBLEMAS.

Faça a seguinte reza sempre que sair de casa fazendo o sinal da cruz e dizendo essas palavras: “São Bento água benta, Jesus cristo no altar todo mal que houver neste meio ou onde eu estiver que se afaste para eu passar.” “Senhores tornem-me invisível aos olhos das maldades.” Decorre esta reza, faça um breve com um pedaço de pano branco e carregue sempre junto consigo.

PARA ABRIR CAMINHO E VENÇER OBSTACULOS.

Fazendo o sinal da cruz sempre que sair de casa dizendo para frente eu ando para trás eu deixo, os meus caminhos e abro do inimigo eu fecho.

PARA A CRIANÇA NÃO SER MALCRIADA.

Para que a criança cresça bem educada e jamais faça mal criações, o primeiro banho que ela tomar deverá ser numa banheira ou numa vasilha virgem, de cor branca. Após o banho, jogue a água em um local ensolarado e arejado.

PARA A CRIANÇA TER SAÚDE.

Quando a gestante for para o hospital para ter a criança, a primeira roupinha da criança a ser usada deverá ser vermelha ou pelo menos o sapatinho.

PARA TER SATISFAÇÃO NO TRABALHO.

Todos os dias quando for para o trabalho, ao atravessar a porta de entrada da sua empresa, passe a ponta do dedo mínimo da mão direita no buraco da fechadura. Ao sair, faça o mesmo

PARA SUBIR HONESTAMENTE DE CARGO NO EMPREGO.

Uma alternativa mais apropriada para esses casos é, durante sete dias seguidos, acender uma vela a seu anjo da guarda, rezando um Pai-nosso e três Ave Maria, pedindo a ele todo e empenho em ajudá-lo naquilo que deseja. Caso você seja merecedor e venha a ocupar aquele cargo, repita a simpatia durante outros sete dias em sinal de agradecimento.

COLETANEA DA MAKOTA SAMBAKUTALAMIM

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

ARQUÉTIPOS DOS ORIXÁS (NKICES)


Os arquétipos no candomblé regem as personalidades humanas, mas se um indivíduo tem uma boa criação e um bom caráter essas personalidades atuam. Porém se o indivíduo souber separar o exemplo do seu regente espiritual,Orixá (Nkice), com a sua personalidade própria, resulta da combinação e do equilíbrio que se estabelece entre esses elementos de personalidades.

Lembrando que os arquétipos dependem das qualidades e caminhos de cada Orixá (Nkice).


EXÚ – MAVAMBO

Arquétipo muito comum em nossa sociedade são pessoas de caráter ao mesmo tempo bom e mal, gostam de ajudar em certas situações, mas sempre querendo algo em troca, malandros, as vezes vulgares, enganadores, intrigueiros, não medem conseqüências para alcançar sucessos, mesmo que precisem passar por cima dos outros.


OGUM – NKOCE

São pessoas violentas, impulsivas incapazes de perdoarem as ofensas de que foram vítimas, pessoas que perseguem energicamente seus objetivos e não se desencorajam facilmente. Nos momentos difíceis triunfam onde qualquer outra pessoa teria abandoando o combate e perdido toda a esperança. Possuem humor mutável, passando de furiosos acessos de raiva ao mais tranqüilo dos comportamentos. São impetuosas, arrogantes, teimosas, muitas vezes não aceitam opinião de ninguém, somente quando lhe convém, cobram muito das pessoas que lhes prestam serviços, mas que, devido a sua sinceridade e franqueza, tornam-se difícil de serem odiadas.


OSSAIN – KATENDE

Possuem o caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções. Daqueles que não deixam sua maneira de ser intervir em suas decisões ou influenciarem suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos. Tem energia que os ajudam a atingir seus objetivos, não tem um sentido de moral e justiça e julgam as pessoas pela sua eficiência. Geralmente são curandeiros, médicos. São respeitados, inteligentes.


OXOCE – KABILA

Pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e em movimento. São pessoas cheias de iniciativas. Tem o senso de responsabilidade e dos cuidados com a família, hospitaleiros e amigos, teimosos, costumam ser mentirosos, acomodados, gostam de farturas, e gostam de mudar de residência constantemente. Tem bom coração e preferem ser o alvo das atenções.


TEMPO – KITEMBO

Pessoas de humor mutável, ao mesmo tempo que são boas podem ficar rancorosas, ranzinzas, rabugentas, personalidade forte, boa de coração, exigentes, perfeccionistas e as vezes chatas.


OBALUAÊ – KAVUNGO

Tem tendências masoquistas, gostam de exibir seus sofrimentos e tristezas das quais tiram satisfações íntimas, mal humoradas, ansiosos. Podem atingir situações materiais invejáveis, são sonhadores, gostam de farturas, tem bom coração, rabugento, e querem tudo pra ontem, geralmente solitários, são idealistas e se empolgam facilmente com certas situações.


OXUMARÊ – ANGORÔ

È o arquétipo das pessoas que desejam ser ricas, pacientes e perseverantes nos seus objetivos, sua duplicidade podem ser atribuídas à natureza andrógena do seu Deus, orgulhosa, gostam de demonstrar grandezas, são generosos, solitários, são dinâmicos, reservados e não se negam a estender a mão em socorro aqueles de deles necessitem.


XANGÔ – NZAZE

Pessoas voluntariosas, enérgicas, altivas, conscientes de sua importância. Podem ser grandes senhores, corteses, mas que não toleram a menor contradição, e nesses casos, deixam-se possuir por crises de cóleras violentas e incontroláveis. Pessoas sensíveis ao charme do sexo oposto, e podem ultrapassar os limites da decência. Possuem dignidade, sabem das suas obrigações, são justas, severos, benevolentes, segundo o humor do momento. Custam a aceitar opiniões alheias prevalecendo sempre o seu ponto de vista, mas ao mesmo tempo frágil.


YEMANJÁ - MICAIÁ

São voluntariosas, fortes, rigorosas, protetoras, altivas, impetuosas e arrogantes. Tem o sentido de hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais, põe a prova as amizade que lhe são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa, e se a perdoam não esquecem jamais. Preocupam-se muito com os outros, são sérias, e maternais, gostam de conforto, luxo mesmo que as possibilidades não permitem. Teimosas, prevalece sempre seu ponto de vista, sabem reconhecer seus erros.


OXUM – NDANDALUNDA

Graciosas, elegantes, gostam de jóias, perfumes e vestimentas caras, charmosas, voluptuosas, sensuais. Evitam chocar a opinião pública a qual dão grande importância, possuem desejos de ascensão social, curiosas e dadas às intrigas prevalecendo seu ponto de vista, sabem diferenciar o certo e o errado, geralmente tem bom coração, são inteligentes, correm atrás de seus objetivos, mas são lentas pois pensam muito pra tomar uma decisão.


IANSÃ – MATAMBA

São audaciosas, arrogantes, prepotentes, poderosas e autoritárias. Podem ser fiéis e de lealdade absoluta em certas circunstâncias, mas que em outros momentos, quando contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a manifestações as mais extremas cóleras. Seu temperamento sensual e voluptuoso pode levar a aventuras amorosas extraconjugais múltiplas e freqüentes, sem reserva e decência, o que não impede de continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganadas. Porém não gostam de ser traídas jamais. Tem mania de limpezas, são perfeccionistas.


NANA – ZUMBANDARÁ

São pessoas calmas, benevolentes, dignas e gentis, são lentas em seu trabalho, e julgam ter a eternidade à sua frente para acabar com seus afazeres. Gostam de crianças, são boas educadoras, agem com segurança e majestade, são ranzinzas e suas reações bem equilibradas mantem-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça. São pessoas que reclamam de tudo, e adoram guardar tudo o que ganham.


OXALÁ – LEMBÁ

Calmas e dignos de confiança, são respeitadas e reservadas e dotadas de força de vontade inquebrantável que nunca nada pode influenciar. Nunca modificam seus planos e seus projetos. São racionais e sabem perfeitamente as conseqüências dos seus atos. , geralmente são pessoas que pensam que são donas do mundo, não tem humildade, são arrogantes, mas também tem bom coração e são boas de lidar.


BASEADO EM TEXTOS DO LIVRO OS ORIXÁS DE PIERRE VERGER.

CONCLUSÕES DO ZELADOR DE SANTO TATA GONGOFILA E MAKOTA SAMBACUTALAMIN

sábado, 29 de novembro de 2008

SIMPATIAS DA MAKOTA II



PARA RECEBER DIVIDA ANTIGA
- Escrever o nome do devedor com caneta vermelha em uma folha de papel branco sem pauta.
- Enterre o papel no quintal de sua casa, colocando junto com algumas pedras
- Se você morar em apartamento utilize um vaso de flor que fique próximo à janela.
- assim que conseguir receber desenterre o papel e jogue em água corrente.
Dia da semana: segunda feira em qualquer lua, menos na minguante.
Resultado: Em pouco tempo, você conseguirá receber o divida que está esperando, pois o devedor não terá paz em quanto não pagar.
OUTRA PARA RECEBER DIVIDA
Pegue sete pedras de sal grosso, leve-as na bolsa e deixe uma em cada encruzilhada aberta, sendo que na ultima encruzilhada, escreva o nome do devedor e embrulhe com a pedra de sal e guarde na bolsa até receber, quando receber devolva a sétima pedra na encruzilhada junto com uma moeda de valor e jogue o papel com o nome fora.
Dia da semana: segunda feira, em qualquer lua, menos na minguante.
PARA GANHAR DINHEIRO
Na primeira segunda feira do mês, varra sua casa, saindo dos fundos, até chegar na frente.
Junte o lixo em uma folha de jornal velho e vá até uma encruzilhada e deixe lá seu embrulho.
Vire de costas e, sem dizer nada, volte para casa.
Lua crescente, nova ou cheia.
PARA NÃO BRIGAR COM VIZINHOS.
- Escreva o nome de todos os seus vizinhos em um papel branco.
- Faça uma cruz sobre os nomes no papel vigem, sendo que uma cruz em cima de cada nome do vinzinho.
- em um vaso coloque um pouco de terra e c coloque os nomes dos vizinhos e depois jogue o restante da terra em cima dos nomes e plante um comigo ninguém pode de preferência macho se você conhecer a planta..
Dia da semana: Segunda ou quarta feira em lua minguante.
PARA UNIR A FAMILIA.
- Escreva os nomes de todos os membros da família em papel e deixe-o em uma vasilha.
-Prepare alguma comida e a coloque dento da vasilha, por cima do papel.
- Não deixe ninguém de casa perceber a simpatia.
- Guarde os ingredientes por duas semanas e depois, jogue tudo em água corrente.
Dia da semana segunda a quinta em lua nova.
PARA SE LIVARA DE QUALQUER DOENÇA
- Vá até um velório e aproxime da cabeça do falecido e mentalize as palavras: “ chame pelo nome do morto”, que já está indo embora, que leve contigo esta minha doença (diga o nome da doença), para que eu fique livre dela e nunca mais volte a sofrer nem de coisas parecida”.
- Reze um Pai Nosso, uma Ave Maria para que o morto desencarne em paz e consiga encontrar o reino dos céus.
De preferência que não seja de pessoa da família.
Se feito com fé a doença começará a ceder.
Quando sair do cemitério saia de costa.
PARA ACABAR COM BRIGAS EM FAMILIAS.
- Escreva os nomes de todos que estão brigando, coloque dentro de um vidro pequeno (maionese), cubra com mel de abelha até encher o vidro, quando estiver tampando peça para que acabe com todas as brigas e desavença que há em sua casa.
Reze um Pai Nosso em uma Ave Maria, fazendo o sinal da cruz em cima da tampa, e esconde em lugar dentro de casa onde ninguém saiba até as brigas e desavenças acabarem. Quando isto acontecer jogue tudo em água corrente ou no lixo.
Dia da semana: Quinta Feira na lua minguante o mais cedo que puder.
PARA NÃO FALTAR DINHEIRO EM CASA OU NO COMERCIO
Despeje um pouco mel puro em um prato branco virgem.
Acenda uma vela branca e firme no mel.
Coloque no prato em local alto onde ninguém veja e quando terminar coloque o restante da vela com o mel debaixo de uma arvore frondosa ou em crescimento.
De preferência na segunda feita antes do sol nascer.
PARA AFASTAR PESSOAS INDESEJAVEL
“Escreva o nome da pessoa sete vezes e um papel sem uso e coloque na boca de uma sardinha, jogue na água correntedizento a seguintes palavras” assim como essa água leva esse peixe leve com ele também fulano de tal (chame pelo o nome da pessoa e saia sem olhar para trás)
Lua minguante em uma quarta feira.
PARA AQUELAS VISITAS INDESEJAVEIS.
É muito simples, assim que a pessoa chegar em sua casa, pegue o pano de prato que você usou ou usado, dobre e coloque dentro do forno ou na estufa, tire quando o visita for embora.
COLETÂNEA DA MAKOTA SAMBAKUTALAMIN

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O QUE É FAMILIA?


A família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo teto. É a definição que conhecemos. Entretanto, esta convivência pode ser feliz ou insuportável, pois seus laços afetivos podem experimentar o encanto do amor e a tristeza do ódio. E a morada sobre o mesmo teto? Dependendo dessas fases contratantes, ela pode ser um centro de referência, onde se busca e se vivencia o amor, ou um mero alojamento.

A família não é algo que nos é dado de uma vez por todas, mas nos é dada como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e desenvolver-se. Quando casamos, sabemos que, entre outras coisas, temos essa semente que pode germinar e um dia e dar fruto e ser uma família de verdade, devemos, portanto, estar consciente de que é preciso trabalhá-la e cultiva-la sempre, constantemente, e com muito amor.

Uma boa família tem que vir de uma boa estrutura de honestidade, de caráter, e uma boa formação religiosa, para que os nossos filhos passem para frente o amor, o respeito e a dignidade de uma família que é passado de Pai para Filhos.

A religião é de extrema importância dentro de uma família independente de qualquer que seja a religião, pois a formação religiosa do ser humano, dependendo da educação que fora passada, mesmo que mais tarde os filhos sigam a religião escolhida por eles a qual devemos respeitar,, pois os conflitos entre famílias de religião diferente não leva a lugar nenhum, devemos , compartilhar as opiniões e ser solidários uns com aos outros..

A hierarquia familiar dentro das religiões afro - brasileira, como em todas as outras religiões é e para sempre, pois começamos de um inicio e principio do respeito e amor ao próximo.

O MUNDO MUDOU

Não podemos viver de modo aventureiro. De nada serve estarmos repletos de boas intenções, se não planejarmos bem as coisas. Nosso mundo tem mudado muito e rapidamente. Há hoje muitas coisas que não estão fixadas de antemão. Em nossa sociedade, os papeis tradicionais da mulher e do homem, antes assumidos como destino inexorável, não são mais simplesmente aceitos.

UMA REALIDADE

Ao definimos a família como uma instituição, como a célula mãe da sociedade, quando a analisamos ou defendemos os seus direitos, queremos nos referir a uma realidade bem definida, que está ai presente, no dia -a -dia, que desempenha um papel concreto na vida das pessoas e da sociedade.

Entretanto , quando adentramos no interior desta ou daquela família, deixando de lado as teorias e descendo ao palco da própria vida, observamos que a família é uma realidade dinâmica, em evolução permanente, nunca a mesma. Percebemos que cada família é um mundo à parte, com propostas e jeitos próprios e que não se repetem.

É neste contexto que os planos de Deus tomam forma e são dados aos homens e à mulher em forma de semente. Deus nos criou à sua imagem, criou-nos no amor para o amor. Criou-nos para que levássemos a semente à plenitude. Deus , aquele que nos criou, pôs em nossas mãos a criação.

Isso é maravilhoso, mas quanta responsabilidade isso pede daqueles e daquelas que Deus chamou a multiplicar as suas pequenas famílias nesta terra onde o mal, muitas das vezes, parece prevalecer sobre o bem. “Devemos estar sempre de vigília para que o mal não vença. O mal é um detalhe que está sempre a espreita esperando o momento certo de agir, pois ele é paciente”.

Nessa luta diária, não é o caso de se espantar, mas é extremamente necessário continuar acreditando naquele que prometeu “Eu estarei sempre convosco...”

No candomblé também somos uma grande família aonde tem que ter muito amor e união.

COLETANEA TATA GONGOFILA.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

COMPORTAMENTO ÉTICO NUM TERREIRO DE CANDOMBLÉ


Um dos graves problemas no interior das Casas de Candomblé, é a falta de observação para assuntos muitas vezes ensinados, porem que por alguma razão deixamos de cobrar e a falta de educação vai se alastrando como uma praga...


CHEGADA NA CASA-DE-SANTO

Parece-me de bom costume que o filho-de-santo, independentemente do seu tempo de iniciado, entre na “Roça” e fique em local reservado para “Esfriar o Corpo” (exemplo: uns 15 a 20 minutos) e bebendo um pouco de água fresca. Logo depois, tomar o seu banho de asseio, seguido de banho litúrgico (variável de casa para casa) e, depois, colocar a roupa litúrgica específica para ocasião e dentro dos costumes pertinentes ao sua idade de iniciado.

Banho tomado e roupa trocada, cumprimentar ritualisticamente aos Minkisi da Casa e os locais de “Firmeza”. Feito isso, iniciam-se os cumprimentos às dignidades presentes, começando pelas mais antigas de iniciação até os de sua idade. Terminado, os mais novos do que aquele que chegou, vão cumprimentá-lo. Cabe lembrar que os cumprimentos aos mais velhos deve iniciar pelo Zelador/Zeladora da Casa.

Os cumprimentos deverão ser em conformidade com os nossos rituais, ou seja, em posição de “debulé” ou “dobale”, batendo makó, beijando a mão e solicitando que o mais velho nos abençoe na forma dialética da nossa Raiz. Atenta-se para o detalhe que não se cumprimenta seus familiares religiosos ou dignidades de outras Raízes de pé ou com a cabeça alta. Isto só é aceitável em condições igualitárias da hierarquia sacerdotal, ou seja, ndumbe com ndumbe, Muzenza com Muzenza com o mesmo tempo de iniciação e todos os tipos de Kota, com ou sem cargo, com o mesmo tempo de iniciação.

Lembrem-se que tomar a benção a um mais velho não é somente uma obrigação, mas UM DIREITO ADQUIRIDO por todos que fazem parte de uma Casa-de-Santo. O direito que temos de receber de uma pessoa mais velha de iniciação, que nos abençoe naquele momento.

PRESENÇA JUNTO AOS MAIS VELHOS

Não se passa entre duas pessoas mais velhas, por exemplo, quando estão conversando, sem que antes se peça licença de forma ritualística e de acordo com os costume da Raiz a que pertença, sempre de cabeça inclinada, num gesto de respeito (NÃO SUBMISSÃO).

Não se senta em condição de igualdade e na mesma altura que pessoas mais velhas de iniciação, a não ser em condições de excepcionalíssima necessidade e com a devida permissão. Lembre-se que a CADEIRA é um mobiliário que faz parte das tradições e hierarquia de nossas comunidades. Por mais presunção que seja de minha parte, o contrário também vale, ou seja, um mais velho se juntar aos mais novos de forma contumaz e corriqueira. Isso o estimulará a não compreender o que é hierarquia e quando ele estiver com o mesmo tempo de iniciação que o seu, não se sentirá prestigiado quando o mesmo acontecer com ele. Isso não é ser pedante nem ter humildade, mas saber mostrar ao mais novos, ESPONTANEAMENTE, COM EDUCAÇÃO e SIMPLICIDADE a importância de ser mais velho e que hierarquia é para ser praticada. Sentar-se à mesa com o Zelador/Zeladora, desnecessário detalhar que somente aqueles que possuem “Cargo” (e confirmados) e as dignidades que o Zelador/Zeladora convidar.

O gesto de servir alimentos e bebidas é privilégio e obrigação das filhas-de-santo que são iniciadas para Minkisi considerados como energias femininas. Munzenzas do sexo masculino, porém com Nkisi “feminino” não serve nos almoços, jantares, cafés da manhã, somente muzenzas do sexo feminino, iniciadas para Nkisi de “energia feminina”.

Aos iniciados do sexo masculino deverão estar destinados os trabalhos mais pesados, com, por exemplo, as faxinas do caramanchão e terreno da Roça, a limpeza dos quartos-de-santo e todas as tarefas que necessitem de força mais bruta.

É de boa prática que copos de bebidas (água, refrigerantes, café, etc.) sejam servidos aos mais velhos ou visitantes ilustres, com um prato ou bandeja sob a base do copo, caneca, xícara, etc.

Fumar na presença de mais velhos e visitantes é terminantemente proibido. Apor cinzeiros sobre as cadeiras dos mais velhos ou dos Minkisi é ato de falta gravíssima. Dentro dos “quartos sacralizados”, entendo que não merece nem comentários a respeito.

Em dia de festividades e no momento de distribuição dos alimentos, é de bom tom que se dê preferência a que os visitantes sejam primeiramente servidos, principalmente aqueles que se destacam como dignidades comprovadas, em retribuição a honra que eles nos fizeram pelas suas presenças.

O uso de bebidas alcoólicas dentro de uma Casa-de-Santo, quer seja em dia de festividades ou não, se for utilizada, deverá ser com o máximo de moderação. Lembrar que aqueles que estão de “obrigação”, assim como os nossos Minkisi merecem o máximo de nosso respeito e, com toda certeza, bebida alcoólica não faz um bom par com Nkisi.

Se não solicitado, um irmão mais novo não tira e nem faz conclusões e nem dá opiniões em roda de irmãos mais velhos. Quantos de nós já não presenciamos ou vivenciamos situações constrangedoras a esse respeito e, em algumas ocasiões, com pessoas que não fazem parte de nossas casas?



IDUMENTÁRIA, ADEREÇOS, SÍMBOLOS E OBJETOS SAGRADOS.

A indumentária religiosa é um dos fatores que fazem a distinção e mostram a posição hierárquica assumida por uma pessoa dentro da Casa-de-Santo, de acordo com as tradições. Essa distinção é feita tanto em nosso país como em terras africanas.

No Brasil, por questões culturais e que também foram absorvidas pelos costumes europeus, tomaram características diferentes daquelas do continente africano, mas, mesmo assim, formaram um modelo que diferenciam desde o Ndumbe até a mais alta dignidade de sua Casa.

Roupas limpas e bem passadas, são condições indiscutíveis em qualquer condição da hierarquia sacerdotal. Os homens devem estar trajados de “Roupa de Ração”, ou seja, calças amarradas com cadarço e camisas com mangas (podendo ser camiseta). Algumas casas dão preferência ao tecido do tipo morim, fustão e cretone, variando de casa para casa. O uso deste tipo de vestimenta deverá ser destinado para os rituais internos. O uso de bermudas e “shorts” não fazem parte de nossos rituais. O uso de batas deve ser destinado aos que possuem 7 ou mais anos de iniciação e com suas “Obrigações” em dia e correspondente a esta idade.

O uso de roupas coloridas não é proibitivo aos iniciados com menos de 7 anos, porém deve obedecer aos critérios da Casa que, normalmente liberam este tipo de estamparia em dias de festividades, dependendo de que tipo é este comemoração. A cor branca sempre é bem aceita em qualquer tipo de ocasião e ritual.

Quanto às mulheres, JAMAIS DEVEM USAR CALÇAS COMPRIDAS dentro da Casa-de-Santo. Os cauçolões devem estar sob as saias.

Uma Ndumbe deve usar poucas anáguas. À medida que é iniciada e vai ganhando tempo de iniciada, o número de anáguas vai aumentando.

O uso de chinelos deverá ser após ter completado e pago a “Obrigação de Três Anos”. As Kotas poderão usar sapatos com saltos e maquiagem, porém a discrição, o bom senso e o bom gosto, combinados, não fazem mal algum para escolha destes complementos, pelo contrário, tornam harmoniosa a imagem da pessoa.

O pano-de-cabeça é obrigatório para os filhos-de-santo do sexo feminino, independentemente se for de Santo Masculino ou Santo Feminino. Em conjunto com o pano-de-cabeça, indispensável o uso do pano-da-costa, que deverá estar com um laço em forma de borboleta para as iniciadas de Santo Feminino e em forma de gravata para as iniciadas de Santo Masculino.

Aos iniciados com mais de 7 anos e com “Obrigação” paga, será permitido o uso de brincos (do tipo: argolas, búzios, corais, monjolos, dependendo do Nkisi para que foi iniciada), da mesma forma a permissão para o uso de pulseiras e braceletes.

As filhas-de-santo que têm permissão para usarem a Bata, deverão estar com seus panos-da-costa colocados na altura do peito ou arrumados na altura da cintura, porém, nunca em forma de faixa enrolada na cintura, pois não é o costume certo e nem elegante para a vestimenta. A quem defenda, em casas mais antigas e tradicionais que o pano-da-costa deverá estar sobre o peito ou na cintura, quando da participação da filha-de-santo em trabalhos ritualísticos. Caso contrário, em dias de festividades, o pano-da-costa deverá estar sobre o ombro direito, caindo para frente e para trás. O pano-da-costa é uma peça do vestuário feminino indispensável para qualquer ocasião que se esteja na Roça-de-Santo ou em visita a uma outra Casa. Talvez seja ele e o pano-de-cabeça sejam as peças mais tradicionais da indumentária feminina em nossos candomblés, oriundo de terras africanas, enquanto o camisu e as anáguas fazem parte do legado dos costumes europeus.

A dixisa, tanto utilizada em nossas casas jamais devem ser arrastadas pelo chão. Sobre ela não se fuma e nem se bebe bebida alcoólica. Elas fazem parte do conjunto de objetos sagrados de nosso culto. Os membros da casa do sexo feminino devem carregar as esteiras debaixo do braço e os de sexo masculino devem carregá-las sobre o ombro. As mulheres iniciadas para Minkisi de “energia feminina” é que devem esticar as esteiras para o dobale de seus irmãos do sexo masculino. Somente em último caso que as mulheres de “santo masculino” estendem as esteiras para os seus irmãos realizarem o dobale.

Às filhas-de-santo é proibido utilizarem os atabaques para tocarem ou mesmo removê-los de seus locais. Da mesma forma a regra serve para outros instrumentos do tipo gã (ganzá), berimbau, reco-reco, xequerê, maracá e outros. Esta atividade é destinada aos Kambondos, confirmados para este fim.

Todos os filhos da Casa, independentemente do tempo de iniciado, ao passarem na frente das cadeiras dedicadas aos Minkisi, atabaques ou pessoas mais velhas, devem fazê-lo abaixando o corpo.

A formação da roda de filhos-de-santo que estarão dançando para os Minkisi deve seguir a hierarquia dos anos de iniciação e postos ocupados na Roça. Não devemos esquecer que a dança também faz parte dos nossos rituais e louvação aos nossos ancestrais, numa forma de reverenciá-los e reviver suas passagens por nossas terras. Sair da roda sem um motivo justificado denota uma falta de respeito e pouco caso com os nossos deuses.

Sei que poderia continuar apontando outras questões que por si só justificariam a necessidade de continuarmos mantendo e sustentando a defesa, de que a postura e os costumes ensinados pelos nossos mais velhos e que hoje estamos abandonando em nome de uma igualdade inexistente, fazem parte das tradições afro-brasileiras e só enriquecem os nossos cultos. Ao contrário de muitos de irmãos nossos que pelo Brasil afora estão confundindo educação e tradição com anarquia.

Finalmente, há que se chamar à atenção para que os mais velhos sempre tenham em mente que a hierarquia sacerdotal serve para diferenciar os tempos de iniciação, mas que jamais deverão servir aos propósitos da humilhação de seus irmãos mais novos. Que a hierarquia, posturas e costumes servem para ser utilizados entre os componentes de uma comunidade e nunca de nós para com os nossosMinkisi. Para estes, seremos sempre munzenzas, e que bom que seja assim, pois desta forma seremos sempre agraciados por suas dádivas, orientações e ensinamentos.

Fonte: Tata riá Nkicie OTUAJÔ

Colaboração de Mametu Mutarerê

COLETANEA TATA GONGOFILA