terça-feira, 9 de setembro de 2008

KATENDÊ


INKICE - KATENDÊ

Corresponde ao orixá ossain

Ossain (“luz divina”)

O deus das ervas, dono das matas, orixá da medicina, da cura, da convalescença. Mestre do poder curativo das ervas, que proporciona o Axé das plantas, ou seja, a força vital, imprescindível à realização de qualquer ritual nos Cultos Africanos.

Ossain é a mágica das folhas, tornando mágicas também a sua convivência com os seres humanos. É o pai da fitorerapia; tem influência na homeopatia, aquele que gera a capacidade de cura pela ingestão ou aplicação de plantas medicinais; nos consultórios, nas cirurgias, na farmácia, nas pesquisas químicas e cientificas. Ele é o alquimista, o mágico, o senhor das poções mágicas e curativas, o bruxo, o médico dos orixás. Conhecedor profundo do segredo de todas as ervas.

Todas vez que queimamos uma floresta, desmatamos, cortamos árvores, ou simplesmente arrancamos folhas desnecessariamente, estamos violando a natureza, ofendendo seriamente essa força natural que denominamos Ossain.

Assim, todos orixá que precisava de uma erva ou planta devia em primeiro lugar pedir a Ossain, que cobrava por estes trabalhos, aceitando com o pagamento mel, fumo, ect... Até que dia Xangô passou a achar que todos os orixás deveriam ter o conhecimento das ervas, e pediu a Oiá que convencesse Ossain a dividir com os demais os segredos e os mistérios das plantas. Oiá sacudiu sua saia provocando grande ventania, espalhando as folhas para todos os orixás, para que cada um exercesse poder sobre uma delas. Em meio a ventania, Ossain repedia sem parar: Eu, eu assa!, que significa “Oh, folhas!”. Embora casa orixá tenha se apossado de um tipo de folhas, com esta reza Ossain evitou que seu poder fosse distribuído com eles, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas conservando só para ele o poder sobre elas.

COLETÂNEA TATA GONGOFILA


KABILA

INKICE - KABILA

Corresponde ao orixá Oxossi ( oxo: “caçador; ossi: “noturno”)

Oxossi, deus dos caçadores teria sido o irmão caçula ou o filho de Ogum, é o orixá da caça, chamado muitas vezes de Ode Wawá, ou seja, “Caçador dos Céus”. É a divindade da fartura, da abundância, da prosperidade. Em seu lado negativo pode ser também o pai da mingua, da falta de provisão. A seguir citaremos outras importâncias, isto é, atribuições de Oxossi:

1 – Ordem material, pois, como Ogum, protege os caçadores tornando sua expedições eficazes e proveitosas, resultando em caça abundante.

2 – Ordem médica, pois os caçadores quando nas florestas, estando em contato freqüente com Ossain, divindade das folhas terapêuticas e litúrgicas e apredem com ele parte de seu saber.

3 – Ordem social, pois normalmente é um caçador que, durante as suas expedições, descobre o lugar favorável a instalação de uma nova roça ou vilarejo. Torna-se assim o primeiro ocupante e senhor da terra (onilê ), com autoridade sobre os demais habitantes que ai venham se instalar.

4 – Ordem administrativa e policial; pois antigamente somente os caçadores possuíam armas servindo também de guardas noturnos (òsó).

Suas principais características são a ligeireza, a astúcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para faturar sua caça. È um orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas.

Como todos os orixás, Oxossi também esta no dia-a-dia dos seres vivos, convivendo intimamente com todos nós. Dentro do Culto, ele é o caçador do Axé, aquele que busca as coisas boas para uma Casa de Santo, aquele que caça as boas influências e as energias positivas.

No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura,a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.

O culto a esse orixá é bastante difundido no Brasil, mas pouco lembrado na Nigéria, o que se deve ao fato de Oxossi ter sido cultuado basicamente em Keto (terra dos panos vermelhos), onde foi consagrado com rei.

No século XIX, devido ao tráfico negreiro, a cidade foi praticamente destruída pelos ataques das tropas do rei Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba.

É o orixá que cultua o próprio individualismo, tendo determinação para qualquer combate.

COLETÂNEA TATA GONGOFILA