quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O CRISTAL QUANDO SE QUEBRA, NÃO TEM O MESMO SOM



Nosso Caráter, bem como a nossa fé em algo ou de pessoa para pessoa, muitas das vezes não são avaliados por nós mesmos do tamanho do seu grau de valiosidade, entretanto, devem ser moldados e todos os dias regados pelo nosso bom comportamento, até porque, eles são como um CRISTAL, qualquer deslize pode se quebrar, e uma vez em caquinhos, fica difícil reformá-los, e aí passamos a ficar deformados de caráter junto a tudo, e a todos, porque a ninguém interessará saber de nossos interesses ou das razões que nos levou a tal decadência, e sim nos subjugarmos, como falhos e faltos de caráter e transparência. Sendo assim, temos que ter esse cuidado, mais se nos sobressairmos junto a gama de nossa sociedade. O mundo político, social e espiritual hoje vive da seguinte análise, você é bom, honesto, sério e próbito, até que se prove o contrário, qualquer deslize, você será alienado dos conceitos de seriedade e confiança. Temos que ter, digo mais uma vez, este cuidado a nosso respeito sempre nos policiando pessoalmente, pois como diz o título dessa matéria “O CRISTAL QUANDO SE QUEBRA NÃO TEM O MESMO SOM”.

Pastor Rômulo.

No candomblé quando nos decepcionamos com os nossos zeladores também é como um cristal que se quebra.

CUIDADO COM A VIDRAÇA



Todos os dias uma tal senhora comentando com seu esposo apontava para o varal de roupas da sua vizinha, dizendo: “olha amor! Que roupas tão sujas que nem parece que foram lavadas”. E assim sucessivamente, todos os dias, o esposo tinha que ouvir aquelas chorumelas da esposa. Um certo dia, depois de se sentir com a cabeça cheia das acusações das tais roupas sujas, o esposo chegou até sua sala para checar a veracidade da reclamação.

Para a sua surpresa mal conseguia ver o outro lado da casa da vizinha, pois o que estavam sujas não eram as roupas, e sim a vidraça por onde a sua esposa olhava, ou seja o problema não estava com o vizinho e sim dentro da sua própria casa. Rapidamente apossou-se de um pedaço de pano, limpo a vidraça e chamou a esposa perguntando: “amor, como estão hoje às roupas do varal da vizinha”? Ela foi até a sala, e pela vidraça, olhando para o quintal gritou para o marido: “amor! Vem ver, hoje elas estão limpinhas, branquinhas e clarinhas, sem nenhuma mancha”. Sendo assim, chegamos a conclusão de que antes de apontar os erros do nosso próximo, percebamos como estão tão próximos de nós os nosso erros e que sempre temos que ter o CUIDADO COM A NOSSA VIDRAÇA, que elas possam sempre estar limpas, com tal transparência.

Pastor Rômulo.

Este é um exemplo a ser seguido pelos adeptos do candomblé.

DIFÍCIL ENTENDER DEUS



Armando Lauria

Sim, é mesmo. Entender Deus é difícil. Incompreensível. Parece que gosta do que é ruim. De nossa miséria. Um exemplo. Ele nos ama mais do que nós mesmo...Deus nos ama. Difícil compreender! Veja Jesus. É sei Filho. Digamos assim, sangue do seu sangue ou vida de sua vida. No entanto, nasceu como um miserável numa estrebaria junto de animais. Sua Mãe, uma mulher judia pobre, simples e humilde, esposa de um carpinteiro em cuja profissão ninguém se celebriza! Diz o evangelho que não tinha nem mesmo uma pedra para repousar sua cabeça!... Em Sua vida pública viva como um peregrino: De dia andava pelos campos e as poeirentas estradas da Judéia, da Galiléia, da Samaria ou pelas ruas de Jerusalém. À noite, ficava ao relento, no alto de um monte na solidão do deserto ou em casa de pessoas amigas, como os de Betânia. Sim, difícil é entender Deus. Seu Filho, vindo a este mundo nasceu pobre num presépio que não era dele e morreu cravado numa cruz, suspenso entre o céu e a terra! Difícil entender Deus!... Mas, por quê? Porque esse Jesus incompreensível e miserável? Porque o seu evangelho, sua mensagem, sua boa nova, é a pobreza que ninguém aprecia, pois todos nós gostaríamos de ser ricos!...Ter o espírito da pobreza que significa teu desapego dos bens materiais, usá-los apenas usá-los como meio para viver melhor e não como um fim ganancioso, ambicioso ou fim de vida. O seu reino se fundamenta na humildade, “aprendei de mim, disse Jesus, que sou manso e humilde de coração”. Porque a humildade? Porque a humildade é a verdade, diz Santa Teresa. E Jesus é a verdade “Eu sou o caminho a verdade e a vida”, disse ele no evangelho. E a sua Lei é uma só: A lei da caridade ou a lei do amor: “ama ao próximo como a ti mesmo” ou “amai-vos uns aos outros” ou “amai o inimigo”. Amai... Amai... Amai... Porque o amor? Ele resolve problemas? Sim, resolve todos os problemas políticos, medicinais, econômicos, sociais, morais e espirituais.

Todos eles. Amar ao próximo como a si mesmo: Não haveria crimes traficantes, violência, nem gente passando fome, nem crianças desnutridas, nem adultério, imoralidades, rixas, desuniões, bebedeiras, fornicação, corrupção e nem fabricantes de remédios falsos. Todos, brancos, negros e índios, seriam verdadeiros amigos, verdadeiros irmãos, porque o amor tudo esquece, crêem, perdoa, compreende, ajuda, é serviço, tudo sofre e ama. Sim, o amor é o único capaz de suportar até sofrimentos. O amor, mais de que um pai e mãe. Mas para amar, é preciso ter a verdadeira fé, como diz o apóstolo: “a fé que opera pela caridade ou pelo amor”. Fé só cabeça, é falsa e inútil. É errado dizer que basta acreditam em Jesus para ser salvo. Os demônios têm fé, como diz o aposto Tiago. Também acredito em Jesus, mas são condenados, não tem salvação, porque não são amor, mas ódio. Ou fé sem amor, ou fé com ódio. Sim a verdadeira fé começa na cabeça, acreditando, passa pelo coração amando, e chega até as mãos agindo. Crer com as mãos é a fé verdadeira. Muitos se iludem com sua fé a base de palavrório Bíblico inútil. Alimenta-se com textos sagrados isolados. Lá não está escrito, vai que á fé te salvou? Logo, a fé salva... Mas se esquecem que a única Lei dada por Cristo não é a lei da fé, mas a Lei do amor. Sim a fé é necessária, indispensável, sem ela ninguém poderá se salvar, mas apenas nos justifica ou abre nossos corações para amar. O egoísta não tem fé, por isso tem um coração fechado, as mãos fechadas. Quando acredito ou tenho fé em alguém é como entregar-se a ele de corpo e alma, de tal modo se estiver mentindo ou me enganando, ficarei desiludido e até revoltado. Logo ter fé é entregar-se totalmente a alguém ou alguma coisa. Crer em Jesus significa entregar-se totalmente a ele. Mas isso é insuficiente. É preciso que Ele se entregue também a nós e isso se faz pelo amor. E amor com amor se paga, daí Cristo exigindo: Amar ao próximo como a si mesmo.

Por quê? Porque o outro próximo é Jesus, um ser humano igual a Jesus. Porque, ainda se você não ama ao próximo que vê, como pode amar a Deus que você não vê?...

“Dentro do Candomblé, seguimos a mesma doutrina, podemos amar uns aos outros, sem a cobiça, a inveja, a ganância, e o respeito. O que falta em outras nações é a religiosidade, pois existem sacerdotes que visam os seus próprios interesses, inclusive financeiros, e, muitas das vezes, não pensam nos interesses de quem os procuram.” (Tatá Gongofila)