quinta-feira, 23 de outubro de 2008

CABOCLO DO BRASIL


INFLUENCIA DO CABOCLO NA NAÇÃO ANGOLA

O Caboclo é identificado como sendo de origem indígena. Vale ressaltar que ao invés da denominação índio, os adeptos o distinguem como a denominação genérica Caboclo.
Quando os africanos sejam eles de angola, Benin, etc., chegaram ao Brasil, encontraram os Tupinambás. Eles são os donos da terra, por isso são respeitados dentro da nação Angola, pois os Angolanos se deram muito bem com eles.
Os Caboclos ampararam os escravos Angolanos, quando eles conseguiam fugir e eram acolhidos pelos Caboclos em suas aldeias, e quando os capitães do mato iam procurá-los, metiam-lhes flechas. Os maiores guardiões dos africanos foram os Caboclos. Todo mundo sabe que Caboclo não gosta de “batalhar”. A prova é que com tanto Caboclo que tinha aqui no Brasil, foram buscar escravos longe, mas não pegaram os Caboclos, porque os Caboclos não conheciam o medo e não dava pra escravizar-los pois eles se matavam mas eles não trabalhavam de graça para ninguém. Caboclo só trabalha para ele.
- Os escravos Angolanos (Bantu) falavam o Português pois viviam há muito tempo com os índios e os Portugueses que dominavam todos no Brasil e em Angola, enquanto outros escravos que aqui chegavam, só falavam em Yorubá. Os negros de Angola no meio de maus tratos, muitos ferros e muitas marcas de ferros em brasa, foram formando laços de família com os brancos, com os índios e se adaptaram muito a nossa língua e a religião católica.
Quando os Ketus resolveram organizar o culto afro para viabilizar que eles principalmente pudessem cultuar seus Deuses aqui, os Bantus já estavam muitos aculturados aos costumes nativos e portugueses, não dava para esquecer tudo e ser puramente Bantu, nem esquecer tudo e ser puramente Brasileiro. Já os Ketus não, eles estavam com a mente mais fresca, os senhores já não eram os miseráveis do início da colonização, os missionários já se levantavam a favor dos negros e tudo foi mais favorável a eles.
- “O culto ao Caboclo no candomblé baiano data da segunda metade do século XIX, e, portanto, é anterior a formação da umbanda. Nesse sentindo podemos lembrar que o chamado candomblé de Caboclo foi a matriz inspiradora da umbanda tanto pela mistura de influências indígenas, católicas e Kardecistas quanto pelo grau de nacionalismo que se nota na existência do Caboclo.
A glorificação do Caboclo no candomblé baiano como símbolo nacional foi após a independência da Bahia em 1923, e de que maneira que o desfile sócio político do dia 2 de julho se relaciona com as práticas religiosas dos terreiros. Por isso o 2 de julho ficou popularmente conhecido como a “Festa do Caboclo”, onde este é a principal figura do desfile.Convém ressaltar que nesta data o povo de Santo da Bahia cultua o Caboclo nos seus candomblés com festas e oferendas, ao longo do dia e entrando pela noite.”
- Textos retirados da entrevista do Pai Passinho Sr. Esmeraldo Emérito de Santanna – Xicaragomo.
- Pesquisa retirada do livro de Jocélio Teles dos Santos “O Dono da Terra”

COLETANEA TATA GONGOFILA

1 comentários:

Berg disse...

Muuito interessante e novo pra mim.Pois, por meio do blog tá muito mais fácil pra eu aprender e matar minhas curiosidades; Tata!!!
P A R A B É N S !!!!!!!

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