sábado, 13 de setembro de 2008

A PALAVRA DE UM TATA.



No Abaçá de Obaluiaiê, trata-se exclusivamente de cuidar dos enfermos, vendo a causa e encaminhando ao médico ou dando a iniciação no mundo da nação, onde ele aprenderá os segredos de seu Orixá.

Quanto ao lado material é jogado os búzios e fazemos trabalhos de acordo com que o Ifá responde e que dependendo das circunstâncias e merecimento do consulente pode-se obter o que deseja, tenha fé naquilo que se deseja.

Quanto ao lado amoroso também atendemos dependendo das circunstâncias, (desentendimento entre casais para ver a causa, pois no mundo que vivemos hoje, há muita maldade, inveja etc.que podem atrapalhar a vida de um casal ), não fazemos amarração e não trazemos ninguém que não seja ser designado por Zambi ( que tudo na terra é como Zambi quer ou determina, pois não podemos fugir dessa regra pois forçando o que não é para nós, acabamos atropelando a vida e arranjando um carma para nós mesmos ).

Não adianta procurar esta casa para fazer qualquer tipo de maldade que seja, pois o candomblé é uma religião cristã, que não realiza trabalhos de magia negra etc., pois os orixás estão aqui para nos defender das maldades alheias. Os orixás são luzes que no conduzem os nossos passos, acalentando-nos e amando-nos. Tem pessoas que se dizem ser pai de santo, fazendo este tipo de trabalho, a casa está aqui para desfazer e defender das maldades que fazem às pessoas. O consulente quando procura a religião do candomblé e outras, vão à procura de paz interior para que possa resolver seus problemas. Não é de minha índole e nem desta casa em que sou o Tata de Nkice fazer maldade para as pessoas (Não se esqueçam os que fazemos hoje, amanhã nós colhereremos.).

A terra não pertence ao homem, o homem pertence à terra.

Todas as coisas estão ligadas, assim como o sangue nos une a todos.

O homem não teceu a rede da vida, é apenas um dos fios dela.

O que quer que ele faça a rede fará a si mesmo.

Seattle.

A filosofia do Candomblé não e uma filosofia Barbara, e sim um pensamento sutil que ainda não foi decifrado

Roger Bastide.

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