quinta-feira, 16 de outubro de 2008

NOSSA HISTORIA DE VIDA DENTRO DA RELIGIÃO

No ano de 1972, comecei a querer me dedicar a religião, como desconhecia o candomblé, fui a um terreiro de Umbanda quando se deu o meu desenvolvimento espiritual.

A entidade a incorporar foi o caboclo rompe flecha depois a criança e em seguida o Exu, a entidade de preto velho não tinha muita ligação comigo.

No ano de 1973, eu uma sessão da casa, eu cheguei perto do chefe do Terreiro que era um preto velho chamado Pai João e falei pra ele que estava na hora de me casar, então ele me disse olhe para a assistência e veja a moça com quem você vai namorar, pois eu olhei, e lá estava a pessoa com quem comecei a me relacionar e estou até hoje, isto foi no mês de março daquele ano e quando chegou no mês de abril, em uma festa de Ogum, eu assisti e nunca mais voltei naquele terreiro. Após nove meses houve o casamento que se deu em dezembro de 1973. Em seguida fui morar em uma casa em que a vizinha fez o santo na cidade de São Gonçalo – Boassu (Portão do Rosa), no ano de 1974, quando ela veio com o Pai de Santo aquilo me despertou a curiosidade e fui ver, quando cheguei e olhei para o Pai de Santo, passei mal. No outro dia de manhã veio à minha porta a irmã da pessoa que foi iniciada dizendo que o Pai da Santo queria falar comigo, e ele pediu que eu fosse em São Gonçalo para jogar os búzios, então eu soube que precisava ser iniciado no Candomblé e que era filho de Kavungo (Obaluaiê), retornei a Teresópolis e falei com minha esposa e aguardei, quando meu caboclo virou disse para eu ir na roça de santo 3 vezes e que se fosse o meu destino eu ficaria na terceira vez. Assim foi feito. Na terceira vez o Pai de Santo já ia recolher um barco de Yaô (Muzenzas) e lá eu fiquei e fiz minha iniciação no ano de 1975.

No período em que estava de kelê minha esposa começou a passar mal a ponto de ir parar no hospital. O meu Pai de Santo disse que era melhor dar um Bori (kibane Mutue) para a melhora de sua saúde, pois ela é filha de Yemanjá (Mikaiá). Veio ele acompanhado da Ekedi (Makota) e um Ogan (Tatá Kambono) e por orientação dele, foi feio to Bori, e tivemos resultado imediatos. Mais tarde no ano de 1976 ela também foi recolhida e iniciada no Candomblé na mesma cidade como Ekedi - (Makota).

No ano de 1979 fui comunicado por Exu que Obaluaiê disse que eu iria adquirir o que eu tanto queria, e que quando eu conseguisse concretizar o sonho de ter uma casa própria teria assim, o lugar dele também. Em janeiro de 1980 entrei numa corretora e vi algumas casas e enfim quando encontrei, comprei. Ao entrar no terreno, depois de já haver adquirido, verifiquei lá havia um anexo separado da casa principal e na qual hoje estão assentados os meus Santos (Nkices) e atendo os clientes numa sala separada no mesmo local Em março de 1983 dei a última obrigação após 7 anos onde recebi o Cargo de Pai de Santo (Deká).

Obaluaiê nunca exigiu que eu abrisse um barracão pois ele já tinha o que queria e que quando batessem em minha porta eu atendesse.

Em memória de Sr. Valinhos e homenagem à D. Neri. (Chefe do Terreiro de Umbanda de Pai João).

Em memória à Makota Calindé.

Em memória ao Tatá Sindalucaia do Abassá Vida Deus e as Águas (Hoje o Abassá se encontra em São Francisco do Conde na Bahia de São Salvador)

TATA GONGOFILA E MAKOTA SAMBACUTALAMIM.

2 comentários:

Berg disse...

TATA, muuito interessante a história de vcs.
Pelo jeito de como se conheceram e como foi tudo acontecendo na vida de vcs.
Sempre com a orientação do Santo, sabemos da luta de vcs, e o principal é q vcs se mantiveram firmes na fé no Santo e na Religião.
Mukoio.
Berg.

innova rj eventos disse...

Tata, muito impressionante a semelhança do que ocorreu com o Sr e comigo, mesma festa(ogum) e época de saída (abril) da sua casa anterior, e mesmo orixá(sou de Jagun), e agora minha mãe Zara Bangi acabou de passar para as mãos de Tata Sindalucaia, tendo feito a obrigação lá em São Franciscodo Conde.
Tenho pouco tempo de feito ( 3 anos) e tivemos a honra de ter Tata Sindalucaia e Mainha presentes em nossa saída, a quem considero como padrinho.
Sabemos que meu agorta Avô e sua esposa Mainha vieram aqui pro Rio e estamos procurando localizá-lo, pois eles costumam ficar perto de nosso barracão em São Gonçalo.
Se souber, por favcor nos avise,

Mukoio,
Nilson de Jagun
25938911 e 81719179

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