quinta-feira, 5 de março de 2009

SIMPATIAS DA MAKOTA IV


Tenha Fé, se for merecimento terá resultado.

1- PARA TER SORTE NO SEU CASO DE AMOR:

Material: 7 rosas 1 vaso

No sábado de Aleluia, compre 7 rosas vermelhas e coloque-as em um vaso sem água, deixando-as secarem.

Depois de secas, faça um pacote com a rosas e deposite na porta de uma igreja que realiza muito casamentos.


2- PARA AMARRAR NAMORADO:

Material: 1 foto do namorado, 3 dentes de alho, 1 pedaço de fita vermelha

Na noite da primeira sexta feria do mês, coloque a fotografia do seu namorado sob o travesseiro, juntamente com 3 dentes de alho e um pedaço de fita vermelha.

Ao romper do dia, enterre os dentes de alho junto à porta de sua casa (se morar num apartamento, enterre-os no vaso de plantas) e de 3 nós na fita. Guarde a foto entre suas roupas íntimas, em uma gaveta.


3- PARA CONSEGUIR RECONCILIAR CASAL

Material: 1 rosa vermelha, 1 cravo branco, 1 fita verde.

Pegue uma rosa e um cravo, simbolizando o casal e com a fita verde, amarre os dois talos com 12 nós e firme o pensamento que aqueles nós estão unindo o casal fulano e beltrana. Diga essas palavras: "Estou amarrando meu amor junto de mim novamente".

Reze três pai-nossos e 3 ave-marias oferecendo ao Anjo da guarda do casal. Deixe a rosa e o cravo em um lugar onde ninguém veja até que sequem e depois jogue tudo na água corrente.


4- PARA QUE SEU GRANDE AMOR LHE AME TAMBÉM (para quem tem seu namorado ou marido)

Material: 1 palito de sorvete, 1 copo virgem tipo americano e mel

Escreva o nome de seu amado no palito de sorvete, no outro lado escreva seu nome, coloque-o no copo e encha de mel quase até a boca, faltando uns dois dedos para encher. Diga: "Doces, doces serão seus pensamentos em mim!", pensando firmemente na pessoa amada.


5- PARA PRENDER DE VEZ SEU GRANDE AMOR

Material: 1 agulha, 1 linha vermelha.

Para prender seu amor arrancar a etiqueta de uma roupa íntima dele ou dela, e costura-la numa outra roupa íntima sua. Deve usar por 3 vezes, depois, jogue a peça em água corrente ou enterre-a no jardim.


6- PARA CONQUISTAR O GRANDE AMOR DA SUA VIDA

Material: 1 fita branca

Numa sexta feira, pegue um pedaço de fita branca de qualquer largura e amarre em sua cintura. Deixe sete dias. No sétimo dia retire. De 3 nós e jogue na porta de primeira igreja que encontrar. Ao jogar a fita, repita 3 vezes essas palavras: "Assim como esta fita vai rolar, eu vou conseguir meu amor conquistar". Tenha pensamento positivo que vai conseguir.


7- PARA ESQUECER UM GRANDE AMOR

Material: 1 roseira que ja tenha flores

Para começar esta simpatia arrume, uma roseira que já tenha flores. Todos os dias apartir de uma sexta feira tira as pétalas de uma das rosas, dizendo: "Assim como tiro esta pétala, apago pra sempre as lembranças dele em mim". Pode crer que depois disso, você não vai mais pensar nessa pessoa.


8- PARA TER MUITA SORTE NO AMOR

Material: 1 alcachofra

Esta simpatia é para ser feita na véspera do dia de São João, ou seja, dia 23 de junho. Arrume uma alcachofra e queime-a levemente na fogueira. Enquanto faz iisso dia: "Em louvor a São João, para saber se meu amor me quer ou não". Deixe a alcachofra ao relento. Se ela tiver voltado a cor verde, é sinal de que você terá muita sorte no amor.


9- PARA MARIDO FICAR MAIS CARINHOSO

Material: 1 folha de papel branco, 1 caneta vermelha, 1 vidro de mel

Em uma quinta feira, na parte da manhã, você deve escrever o nome dele na folha de papel . Dobre bem a folha e guarde dentro de um vidro de mel. Mantenha esse vidro bem, em um lugar onde ninguém veja. Esse mel não deve ser consumido por ninguém. Só quem faz essa simpatia é quem pode saber, ninguém mais.


10- PARA TER O MARIDO SEMPRE APAIXONADO POR VOCÊ

Material: 1 cueca dele

Pegue uma cueca lavada de seu marido e coloque-a debaixo do colchão do lado que você costuma dormir deixando-a por sete dias. No oitavo dia retire a cueca e coloque junto com as roupas dele. No dia que ele usá-la você notará a diferença. Obs: Seu marido não deve saber da simpatia.


11- PARA QUE SEU CASAMENTO NÃO CAIA NA ROTINA

Material: calcinha vermelha nova

Na última sexta feria do mês você deve usar uma calcinha vermelha, nova e só tirá-la no sábado. Depois de tirar a peça, guarde-a junto com as roupas íntimas de seu marido e só lave no domingo. Quando voê estiver lavando a calcinha diga o seguinte: "Como esta peça fica bem clara e limpa como se fosse nova, assim também eu quero que fique o meu casamento, parecendo sempre como lua-de-mel."


COLETÂNEA DE MAKOTA SAMBAKUTALAMIN

SIMPATIAS QUE DÃO CERTO - INDÚSTRIA GRÁFICA BENTIVEGNA EDITORA LTDA.


LENDA NKICE NZAZE


Não Conseguindo Se Estabelecer Por Causa De Seu Caráter Violento E Imperioso, Nzazi Se Fez Estabelecer Pela Força Pois Os Moradores Não Aceitavam Seu Método De Julgar E Condenar A Morte Ladrões E Mentirosos, Fazendo A Ordem Se Manter Pela Violência.

Depois Que Se Estabeleceu O Reino Se Tornou Prospero E Graças Aos Conselhos Que Lembarenganga Lhe Dava Todas As Vezes Que Visitava O Amigo, Tornou Nzazi Menos Violento.

No Reino De Nzazi Havia Muitos Cavalos E Carneiros Que Ele Fazia Questão De Supervisionar Cuidadosamente, Mas Um Dia Saiu Em Busca De Novas Conquistas Com Seu Exército Montado Em Seus Melhores Cavalos E Suas Terras Foram Invadidas Por Ladrões Que Roubaram Todos Os Carneiros E Os Que Não Puderam Levar Foram Mortos. Quando Nzazi Ficou Sabendo Do Acontecido Voltou A Seu Reino E Lá Encontrou Apenas Um Casal De Carneiro Que Conseguiu Escapar Do Massacre. Nzazi Então Levou O Casal De Carneiro Até O Reino De Lembarenganga E Pediu Que O Amigo Cuidasse Deles Até Sua Volta, Pois Iria Ao Encalço Dos Ladrões, E Assim Fez Lembarenganga Que Os Levou Para O Duilo Em Segurança.

Durante Muito Tempo Nzazi Procurou Pelos Ladrões Que Aterrorizavam Aldeias E Reinos, E No Alto De Uma Montanha Sagrada Que Cuspia Fogo, Encontrou Com "Uiangongo" (Aquele Que Tinha O Poder Do Fogo), Diante De Tamanho Poder Nzazi Se Curvou E Foi Interrogado: O Que Faz Na Montanha De Fogo?

Então Nzazi Respondeu: Venho Em Busca De Ladrões Que Saquearam Meu Reino E Mataram As Criações...

"Uiangongo" Então Lançou Mão De Um Pó Mágico Que Entregou A Nzazi E Disse: Este Será O Seu Exército Contra Os Ladrões, Quando Os Avistar Lance Sobre Eles O Pó Mágico. Nzazi Agradeceu Maravilhado Por Tanto Poder E Continuou Sua Busca, Tempos Depois Encontrou Com Os Ladrões E Enfurecido Lançou Sobre Eles O Pó Mágico Que Se Transformavam Em Pedras Incandescentes Que Dizimou Todos, E Os Que Conseguiram Escapar Das Pedras Foram Massacrados Por Nzazi.

Durante Toda A Busca Dos Ladrões Nzazi Percebeu Que Um Ruído Vinha Dos Céus (Duilo) E Cada Dia Que Passava Este Ruído Aumentava: Kabrum, Kabrum, Kabrum...

Então Se Dirigiu Até O Reino De Lembarenganga Para De Volta Resgatar O Casal De Carneiros Lá Deixado Em Companhia Do Amigo, Ao Avistar Lembarenganga Perguntou Dos Animais E Lembarenganga Explicou A Nzazi Que Ele Havia Ficado Muito Tempo Fora E Que Os Carneiros Procriaram E Aquele Barulho Que Ouvia Eram Os Carneiros Travando Batalhas E Cabeçadas, Pois Seus Chifres Faziam Enorme Barulho Kabrum, Kabrum.

Lembarenganga Devolveu Todos Os Animais A Nzazi E Lhe Fez Uma Advertência, Como Os Carneiros Haviam Sido Criados No Duilo (Céu) Não Mais Poderiam Servir De Comida A Ele E Seus Descendentes, Nzazi Atendeu O Pedido E Deixou De Presente Ao Amigo Um Casal De Carneiros Que Até Hoje Se Houve No Céu Suas Batalhas Kabrum, Kabrum..

Chegando No Reino Nzazi Advertiu A Todos, Não Comam Mais Deste Animal, Pois Ele Agora É Sagrado, Todos Perguntaram A Nzazi Como Ele Havia Dizimado Os Ladrões, Então Contou A Todos Do Pó Mágico Que Havia Ganhado De "Uiangongo" E Que Trouxera Um Pouco Com Ele, Mas Com Medo Que Alguem Roubasse, Nzazi Então Decidiu Guarda-Lo Em Segurança E Não Encontrando Lugar Algum Seguro Para Tamanho Poder, Resolveu Engulir O Pó, Nzazi Então Começõu A Soltar Lavaredas De Fogo Pela Boca E Pedras Encandecentes Queimaram Quase Todo Seu Reino. Nzazi Então Foi Obrigado A Se Isolar, Pois Toda Vez Que Ficava Irado Fogo Lhe Saia Pelas Ventas E Pedras De Fogo Eram Lançadas Em Todas As Direções, Seus Suditos Então Reconheceram Seu Poder E Só Lhe Chamavam Em Ocasiões De Perigos, E Nzazi Atendendo Ao Pedido Dizimava Exércitos De Ladrões Com Sua Fúria E Pedras De Fogo...

COLETÂNEA TATA GONGOFILA

LENDA NKICE ANGORÔ E NKICE ZUMBANDARÁ


Mametu Zumba Divindade Antiga E Respeitada, Costumava Habitar Lagos E Lamaçais, Pois Remexia O Iungo Preparando-O Para Nzambi Enviar Todos Os Seres E Vegetais Criados Por Ele E Assim Povoar A Terra. Mas Sentia Uma Enorme Tristeza E Solidão, Até Que Certo Dia Pediu A Nzambi Que Enviasse Ao Iungo Um Ser Que Pudesse Acompanha-La Em Seu Trabalho.
Nzambi Atendendo Seu Pedido Preparou Uma Massa Contendo Móio (O Sopro Da Vida, A Energia Vital) Enviando Ao Iungo E Pediu Para Que Mametu Zumba Enterrasse Bem Fundo Para Que O Ser Fosse Gerado No Próprio Iungo. Então Do Seio Da Terra Surgiu O Primeiro Ser, Era Angorô Um Ser Capaz De Transportar A Água Da Lagoa E Dos Rios Até O Local Onde Mametu Zumba Remechia A Terra.
Com O Passar Do Tempo Nzambi Povoou A Terra E Surgiram Animais De Todas As Qualidades E Junto Com Eles Vários Seres Com Formato De Angorô (Cobra) Porém Sem O Poder Que Nzambi Conferiu A Angorô.
Os Homens Povoaram A Terra, E Com O Tempo Se Tornaram Ferozes Caçadores E Passaram A Dizimar Os Animais Criados Por Nzambi, E No Decorrer Destas Caçadas Avistaram Angorô Transportando A Agua Dos Lagos E Logo Atacaram A Divindade Que Mergulhou Na Lagoa Para Se Protejer E Lá Permaneceu, Mametu Zumba Ao Perceber Que Angorô Não Mais Transportava A Agua Voltou A Lagoa A Sua Procura. Angorô Então Contou O Fato A Mametu Zumba Que Pediu Que Ele Se Escondesse Atráz Das Nuvens E Só Descesse Ao Iungo Quando Realmente Não Houvesse Perigo.
Mas Os Homens Continuavam A Dizimar Todas As Cobras Que Sendo Terrestres E Frágeis Nada Podiam Fazer, E Certo Dia Angorô Furioso Ao Ver Seus Semelhantes Mortos Desceu Das Nuvens E Mordeu A Terra, Chamando Todas As Cobras Para Dentro Do Buraco, Pediu Para Que Procriassem Sempre Dentro Da Terra E As Ensinou A Nadar Para Fugir Dos Caçadores, Mas Um Problema Maior O Preocupava, Como Fariam Para Se Defender?
Recorreu Então A Mametu Zumba Divindade Mais Antiga Que Lhe Disse Haver Um A Divindade Capaz De Ajuda-Lo, E Que Deveria Procura-Lo Na Floresta Pois Lá Era Sua Morada Onde Vivia Sob Sua Proteção E Que Antes De Entrar Deveria Gritar Seu Nome “Katende”. Angorô Assim o Fez E Katende ofereceu Sua Ajuda Levando Todas As Cobras Para A Floresta E Quando Ia Alimenta-Las Assoviava Para Que Viessem Apanhar As Folhas E Frutas.
Algum Tempo Se Passou E Angorô Retornou A Floresta Para Ver Como Andava Seus Semelhantes, As Cobras, E Foi Ai Que Percebeu Que Algumas Tinham Adquirido Um Poder Mortal Através Das Folhas Que Katende As Alimentava, O Poder Era Tão Perigoso Que Podia Matar Um Homem Em Segundos E Elas Serviam De Guardiãs...
Angorô Então Emanava Móio Que Se Apresentava Em Forma De Colorido Por Todo O Corpo E Transferiu As Cobras Que Se Tornaram De Várias Cores, E Pediu As Guardiãs Do Poder Para Só Usarem O Veneno Para Sua Defesa E Que Dessem Um Aviso Antes De Desferi-Lo, E Até Hoje Os Homens Temem As Cobras Guardiãs, E Ninguém Deve Se Atrever A Assoviar Nas Matas Pois Elas Se Apresentam Pensando Que Katende Quer Alimenta-Las Com As Folhas Do Poder...
E Quando A Chuva Termina Angorô Morde A Terra Relembrando O Poder, E Todas As Cobras Saem Do Seio Da Terra Para Reverenciar Aquele Que Se Apresenta Majestozamente Colorido, E Muitas Vezes Retorna A Sua Primeira Morada Para Transportar Água Para Mametu Zumba Remexer A Terra...
COLETÂNEA TATA GONGOFILA

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

LENDA NKICE KAVUNGO - NSUMBO

Nsumbo Vermelho, Preto E Branco

Logo após o mundo ser criado por nzambi, zumbaranda volta ao duilo (céu) e se insinua a lembarenganga, mas o mesmo que desposava Kaiá não respondeu as insinuações. Zumbaranda então lançou mão de vinho de palma e logo serviu a lembarenganga que não demorou a cair nos encantos de zumbaranda.

Depois de haver conseguido o que queria zumbaranda desceu ao iungo sabendo que mesmo proibido levara consigo uma semente de lembarenganga, dirigindo-se ao norte quando em meio a sua jornada deu a luz a um ser do amor proibido.

Sabendo disto zumbaranda deixou o ser sob o sol escaldante e areia quente, lembarenganga que sempre consultava o oráculo através de nkuku-a-lunga, ficou sabendo que um ser havia nascido do amor proibido com zumbaranda. Lembarenganga então pediu para que Kaiá fosse ao encontro deste ser e o transportasse ao duilo, como a areia quente abrira varias chagas no pequeno ser lembarenganga pediu para Kaiá lava-lo e que daquele dia em diante se tornasse sua mãe criadeira.

Kaiá então sacudiu o pequeno ser pois muito pó havia em seu corpo e o lavou em suas águas... O que Kaiá não esperava é que o pó saído do corpo do pequeno ser caira sob o iungo dizimando chagas e fogo selvagem sobre os humanos que habitavam o iungo, pois anunciava a chegada daquele que era o dono da varíola.

Lembarenganga ordenou a Kaiá que mandasse água sobre o iungo, pois só assim aquela poeira acalmaria e a resistência da varíola diminuiria... Criado por Kaiá o pequeno ser se tornou bondoso e ao mesmo tempo temido por trazer marcas terríveis de seu passado.

Um dia desceu ao iungo (terra) pois queria ter seu próprio reino, e montou o seu exército vestindo-se de vermelho e fazendo expedições pelos 4 cantos do iungo destruindo tudo e todos que encontrava a sua frente, pois carregava uma lança feita de madeira que tornava cegas, mudas ou mancas quem por ela fosse atingida.

Seu corpo era tão quente marcado por chagas, que quando se lavava o vapor que saia do seu corpo logo atingia os seres humanos que se aproximavam.

Em meio a sua batalha por conquistas de terras, recebeu a notícia que sua mãe verdadeira aquela que andava acompanha da de cobras (talvez representavam as primeiras criaturas emergidas do seio do iungo) havia morrido, dizendo algumas palavras de descontentamento, passou sobre a sua roupa vermelha uma tarja preta em sinal de luto.

Ao norte vivia um povo que ao saber que se dirigia para lá o guerreiro que fazia sofrer não só o corpo, mas o espírito, pois a chaga que cobria o corpo daquele atingido pelo pó ou mormaço queimava até mesmo o seu interior.

Procuraram um sacerdote de nkuku-a-lunga e ele lhes disse:

- Façam uma oferenda de massango (pipoca) e o guerreiro se acalmará, o povo então fez a oferenda e saldaram a chegada do guerreiro que acostumado só a hostilidades e desconfianças, mandou construir um castelo e passou a viver em paz em meio a um povo que soube acolher e respeitar a sua força.

Sobre a sua roupa vermelha colocou outra tarja desta vez branca em sinal de paz. O pai da varíola teve a segunda geração que trouxe a desinteria, vômito, pragas incuráveis e inchaços que matam, a terceira geração trouxe a lepra que cortava as mãos e os pés...

E quando alguém morria de tais doenças seus bens e corpos passavam a pertencer aos seus sacerdotes.

Ficaram algumas proibições:

Não se deve ir ao rio quando o guerreiro estiver se lavando.

Não se deve sair ao sol do meio dia sem levar consigo um talismã.

Nunca ofereça a ele um antílope, cobra, carneiro ou sosogulo (peixe de escamas atravessadas), nem sirva para alguns de seus descendentes vinho de palma e galinha de angola.

Não sei quanto a vocês, mas eu vou manter sempre massango em meu abaça para acalmar este temível guerreiro.

Malembe tateto do iungo

Ke ambote insumbo

COLETÂNEA TATA GONGOFILA


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

LENDA DE NKICE KITEMBU - TEMPO



Kitembu
Houve uma época em que as diembu bantu (tribos bantu) sofreram com a morte principalmente de crianças, e as mulheres com hemorragia não conseguiam parir.
O sobá (rei) então procurou o nganga ua ngombo (adivinho) e sugeriu que fizesse uma consulta através do minenge wa ngombo (cesto da adivinhação) para saber o motivo daquele sofrimento.
Nganga então obteve a resposta, as tribos bantu estavam sendo atacadas por mbungula (espiritos trevosos) e que deveriam prestar culto ao nkisi kitembu (nkisi da hemorragia da vida e da evolução) para que a vida voltasse ao seu ciclo natural, e o sobá imediatamente reuniu todas as tribos bantu que fizeram grande oferenda ao nkisi kitembu e da terra brotou um pó branco “pemba” que até hoje podemos ver em barrancos.
Pemba é o espirito do grande pai de todas as tribos bantu “nkuku a lunga” e esfregaram ao corpo aquele pó branco ficando livre de qualquer maldade e assim o povo bantu cresceu por toda a áfrica, e em homenagem ao nkisi kitembu levantaram um mastro bem alto com uma bandeira branca na ponta simbolizando “pemba” que quando balança com o vento mostra a direção que o povo bantu deve seguir para não ter sofrimento. Kitembu é simbolizado por uma grelha (suplicio, sofrimento) uma escada (crescimento, evolução) uma seta que aponta o duilo (fazendo uma ligação entre o céu e a terra), um ancinho instrumento agrícola próprio para juntar palhas (restos do suplicio humano) cabaça (masculino e feminino como conta a criação).


Acreditamos, cá entre nós, que pelo que conta a lenda, é que no Candomblé assentamos Kitembu representado nos seguintes SIMBOLOS, cuja interpretação dos mesmos é simples e coerente com essa lenda ancestral.

• O MASTRO ALTO COM UMA SETA NA PONTA (simboliza a busca da comunicação entre a terra e o céu)... A ponta da seta significa a persistência da busca pelo infinito a dentro.
• Uma BANDEIRA BRANCA simboliza os BAKULO (espíritos dos nossos antepassados que intercedem e interferem a nosso favor). A cor branca simboliza a espiritualidade, a energia pura. A ponta da bandeira indica o caminho a seguir...
• A ESCADA simboliza que a evolução humana é Lei da Natureza. Tudo tem que evoluir, porque nós humanos somos fadados à perfeição. Portanto, sendo a Terra um planeta de provação o melhor a fazer é tentar ser sempre melhor do que nascemos. Isso vale para todos os aspectos existenciais.
• O FOGAREIRO é o fogo universal, a centelha divina que está em tudo, queimando... transformando...
• A GRELHA simboliza o sofrimento, o suplicio humano... Que o ser humano vem para ser “assado” numa grelha até se “transformar”
• O RASTELO, instrumento agrícola, próprio para juntar palhas, simboliza que o tempo arrasta tudo... Inclusive os suplícios humanos... ou arrasta o próprio ser humano...
• O CIRCULO onde as cabacinhas estão penduradas, simboliza o ciclo existencial... a Vida.
• A KALABASA (CABAÇA) simboliza o Universo infinito, limitado no símbolo, de onde teve origem tudo que foi gerado. Portanto simboliza o poder gerador MASCULINO e o FEMININO.

Existe uma lenda bantu que conta que tudo teve origem do “saco da criação”, chamado FUCUM... É fácil constatar que um saco tem a forma de uma cabaça.

COLETANEA DE TATA GONGOFILA