sábado, 29 de novembro de 2008

SIMPATIAS DA MAKOTA II



PARA RECEBER DIVIDA ANTIGA
- Escrever o nome do devedor com caneta vermelha em uma folha de papel branco sem pauta.
- Enterre o papel no quintal de sua casa, colocando junto com algumas pedras
- Se você morar em apartamento utilize um vaso de flor que fique próximo à janela.
- assim que conseguir receber desenterre o papel e jogue em água corrente.
Dia da semana: segunda feira em qualquer lua, menos na minguante.
Resultado: Em pouco tempo, você conseguirá receber o divida que está esperando, pois o devedor não terá paz em quanto não pagar.
OUTRA PARA RECEBER DIVIDA
Pegue sete pedras de sal grosso, leve-as na bolsa e deixe uma em cada encruzilhada aberta, sendo que na ultima encruzilhada, escreva o nome do devedor e embrulhe com a pedra de sal e guarde na bolsa até receber, quando receber devolva a sétima pedra na encruzilhada junto com uma moeda de valor e jogue o papel com o nome fora.
Dia da semana: segunda feira, em qualquer lua, menos na minguante.
PARA GANHAR DINHEIRO
Na primeira segunda feira do mês, varra sua casa, saindo dos fundos, até chegar na frente.
Junte o lixo em uma folha de jornal velho e vá até uma encruzilhada e deixe lá seu embrulho.
Vire de costas e, sem dizer nada, volte para casa.
Lua crescente, nova ou cheia.
PARA NÃO BRIGAR COM VIZINHOS.
- Escreva o nome de todos os seus vizinhos em um papel branco.
- Faça uma cruz sobre os nomes no papel vigem, sendo que uma cruz em cima de cada nome do vinzinho.
- em um vaso coloque um pouco de terra e c coloque os nomes dos vizinhos e depois jogue o restante da terra em cima dos nomes e plante um comigo ninguém pode de preferência macho se você conhecer a planta..
Dia da semana: Segunda ou quarta feira em lua minguante.
PARA UNIR A FAMILIA.
- Escreva os nomes de todos os membros da família em papel e deixe-o em uma vasilha.
-Prepare alguma comida e a coloque dento da vasilha, por cima do papel.
- Não deixe ninguém de casa perceber a simpatia.
- Guarde os ingredientes por duas semanas e depois, jogue tudo em água corrente.
Dia da semana segunda a quinta em lua nova.
PARA SE LIVARA DE QUALQUER DOENÇA
- Vá até um velório e aproxime da cabeça do falecido e mentalize as palavras: “ chame pelo nome do morto”, que já está indo embora, que leve contigo esta minha doença (diga o nome da doença), para que eu fique livre dela e nunca mais volte a sofrer nem de coisas parecida”.
- Reze um Pai Nosso, uma Ave Maria para que o morto desencarne em paz e consiga encontrar o reino dos céus.
De preferência que não seja de pessoa da família.
Se feito com fé a doença começará a ceder.
Quando sair do cemitério saia de costa.
PARA ACABAR COM BRIGAS EM FAMILIAS.
- Escreva os nomes de todos que estão brigando, coloque dentro de um vidro pequeno (maionese), cubra com mel de abelha até encher o vidro, quando estiver tampando peça para que acabe com todas as brigas e desavença que há em sua casa.
Reze um Pai Nosso em uma Ave Maria, fazendo o sinal da cruz em cima da tampa, e esconde em lugar dentro de casa onde ninguém saiba até as brigas e desavenças acabarem. Quando isto acontecer jogue tudo em água corrente ou no lixo.
Dia da semana: Quinta Feira na lua minguante o mais cedo que puder.
PARA NÃO FALTAR DINHEIRO EM CASA OU NO COMERCIO
Despeje um pouco mel puro em um prato branco virgem.
Acenda uma vela branca e firme no mel.
Coloque no prato em local alto onde ninguém veja e quando terminar coloque o restante da vela com o mel debaixo de uma arvore frondosa ou em crescimento.
De preferência na segunda feita antes do sol nascer.
PARA AFASTAR PESSOAS INDESEJAVEL
“Escreva o nome da pessoa sete vezes e um papel sem uso e coloque na boca de uma sardinha, jogue na água correntedizento a seguintes palavras” assim como essa água leva esse peixe leve com ele também fulano de tal (chame pelo o nome da pessoa e saia sem olhar para trás)
Lua minguante em uma quarta feira.
PARA AQUELAS VISITAS INDESEJAVEIS.
É muito simples, assim que a pessoa chegar em sua casa, pegue o pano de prato que você usou ou usado, dobre e coloque dentro do forno ou na estufa, tire quando o visita for embora.
COLETÂNEA DA MAKOTA SAMBAKUTALAMIN

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O QUE É FAMILIA?


A família é um núcleo de convivência, unido por laços afetivos, que costuma compartilhar o mesmo teto. É a definição que conhecemos. Entretanto, esta convivência pode ser feliz ou insuportável, pois seus laços afetivos podem experimentar o encanto do amor e a tristeza do ódio. E a morada sobre o mesmo teto? Dependendo dessas fases contratantes, ela pode ser um centro de referência, onde se busca e se vivencia o amor, ou um mero alojamento.

A família não é algo que nos é dado de uma vez por todas, mas nos é dada como uma semente que necessita de cuidados constantes para crescer e desenvolver-se. Quando casamos, sabemos que, entre outras coisas, temos essa semente que pode germinar e um dia e dar fruto e ser uma família de verdade, devemos, portanto, estar consciente de que é preciso trabalhá-la e cultiva-la sempre, constantemente, e com muito amor.

Uma boa família tem que vir de uma boa estrutura de honestidade, de caráter, e uma boa formação religiosa, para que os nossos filhos passem para frente o amor, o respeito e a dignidade de uma família que é passado de Pai para Filhos.

A religião é de extrema importância dentro de uma família independente de qualquer que seja a religião, pois a formação religiosa do ser humano, dependendo da educação que fora passada, mesmo que mais tarde os filhos sigam a religião escolhida por eles a qual devemos respeitar,, pois os conflitos entre famílias de religião diferente não leva a lugar nenhum, devemos , compartilhar as opiniões e ser solidários uns com aos outros..

A hierarquia familiar dentro das religiões afro - brasileira, como em todas as outras religiões é e para sempre, pois começamos de um inicio e principio do respeito e amor ao próximo.

O MUNDO MUDOU

Não podemos viver de modo aventureiro. De nada serve estarmos repletos de boas intenções, se não planejarmos bem as coisas. Nosso mundo tem mudado muito e rapidamente. Há hoje muitas coisas que não estão fixadas de antemão. Em nossa sociedade, os papeis tradicionais da mulher e do homem, antes assumidos como destino inexorável, não são mais simplesmente aceitos.

UMA REALIDADE

Ao definimos a família como uma instituição, como a célula mãe da sociedade, quando a analisamos ou defendemos os seus direitos, queremos nos referir a uma realidade bem definida, que está ai presente, no dia -a -dia, que desempenha um papel concreto na vida das pessoas e da sociedade.

Entretanto , quando adentramos no interior desta ou daquela família, deixando de lado as teorias e descendo ao palco da própria vida, observamos que a família é uma realidade dinâmica, em evolução permanente, nunca a mesma. Percebemos que cada família é um mundo à parte, com propostas e jeitos próprios e que não se repetem.

É neste contexto que os planos de Deus tomam forma e são dados aos homens e à mulher em forma de semente. Deus nos criou à sua imagem, criou-nos no amor para o amor. Criou-nos para que levássemos a semente à plenitude. Deus , aquele que nos criou, pôs em nossas mãos a criação.

Isso é maravilhoso, mas quanta responsabilidade isso pede daqueles e daquelas que Deus chamou a multiplicar as suas pequenas famílias nesta terra onde o mal, muitas das vezes, parece prevalecer sobre o bem. “Devemos estar sempre de vigília para que o mal não vença. O mal é um detalhe que está sempre a espreita esperando o momento certo de agir, pois ele é paciente”.

Nessa luta diária, não é o caso de se espantar, mas é extremamente necessário continuar acreditando naquele que prometeu “Eu estarei sempre convosco...”

No candomblé também somos uma grande família aonde tem que ter muito amor e união.

COLETANEA TATA GONGOFILA.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

COMPORTAMENTO ÉTICO NUM TERREIRO DE CANDOMBLÉ


Um dos graves problemas no interior das Casas de Candomblé, é a falta de observação para assuntos muitas vezes ensinados, porem que por alguma razão deixamos de cobrar e a falta de educação vai se alastrando como uma praga...


CHEGADA NA CASA-DE-SANTO

Parece-me de bom costume que o filho-de-santo, independentemente do seu tempo de iniciado, entre na “Roça” e fique em local reservado para “Esfriar o Corpo” (exemplo: uns 15 a 20 minutos) e bebendo um pouco de água fresca. Logo depois, tomar o seu banho de asseio, seguido de banho litúrgico (variável de casa para casa) e, depois, colocar a roupa litúrgica específica para ocasião e dentro dos costumes pertinentes ao sua idade de iniciado.

Banho tomado e roupa trocada, cumprimentar ritualisticamente aos Minkisi da Casa e os locais de “Firmeza”. Feito isso, iniciam-se os cumprimentos às dignidades presentes, começando pelas mais antigas de iniciação até os de sua idade. Terminado, os mais novos do que aquele que chegou, vão cumprimentá-lo. Cabe lembrar que os cumprimentos aos mais velhos deve iniciar pelo Zelador/Zeladora da Casa.

Os cumprimentos deverão ser em conformidade com os nossos rituais, ou seja, em posição de “debulé” ou “dobale”, batendo makó, beijando a mão e solicitando que o mais velho nos abençoe na forma dialética da nossa Raiz. Atenta-se para o detalhe que não se cumprimenta seus familiares religiosos ou dignidades de outras Raízes de pé ou com a cabeça alta. Isto só é aceitável em condições igualitárias da hierarquia sacerdotal, ou seja, ndumbe com ndumbe, Muzenza com Muzenza com o mesmo tempo de iniciação e todos os tipos de Kota, com ou sem cargo, com o mesmo tempo de iniciação.

Lembrem-se que tomar a benção a um mais velho não é somente uma obrigação, mas UM DIREITO ADQUIRIDO por todos que fazem parte de uma Casa-de-Santo. O direito que temos de receber de uma pessoa mais velha de iniciação, que nos abençoe naquele momento.

PRESENÇA JUNTO AOS MAIS VELHOS

Não se passa entre duas pessoas mais velhas, por exemplo, quando estão conversando, sem que antes se peça licença de forma ritualística e de acordo com os costume da Raiz a que pertença, sempre de cabeça inclinada, num gesto de respeito (NÃO SUBMISSÃO).

Não se senta em condição de igualdade e na mesma altura que pessoas mais velhas de iniciação, a não ser em condições de excepcionalíssima necessidade e com a devida permissão. Lembre-se que a CADEIRA é um mobiliário que faz parte das tradições e hierarquia de nossas comunidades. Por mais presunção que seja de minha parte, o contrário também vale, ou seja, um mais velho se juntar aos mais novos de forma contumaz e corriqueira. Isso o estimulará a não compreender o que é hierarquia e quando ele estiver com o mesmo tempo de iniciação que o seu, não se sentirá prestigiado quando o mesmo acontecer com ele. Isso não é ser pedante nem ter humildade, mas saber mostrar ao mais novos, ESPONTANEAMENTE, COM EDUCAÇÃO e SIMPLICIDADE a importância de ser mais velho e que hierarquia é para ser praticada. Sentar-se à mesa com o Zelador/Zeladora, desnecessário detalhar que somente aqueles que possuem “Cargo” (e confirmados) e as dignidades que o Zelador/Zeladora convidar.

O gesto de servir alimentos e bebidas é privilégio e obrigação das filhas-de-santo que são iniciadas para Minkisi considerados como energias femininas. Munzenzas do sexo masculino, porém com Nkisi “feminino” não serve nos almoços, jantares, cafés da manhã, somente muzenzas do sexo feminino, iniciadas para Nkisi de “energia feminina”.

Aos iniciados do sexo masculino deverão estar destinados os trabalhos mais pesados, com, por exemplo, as faxinas do caramanchão e terreno da Roça, a limpeza dos quartos-de-santo e todas as tarefas que necessitem de força mais bruta.

É de boa prática que copos de bebidas (água, refrigerantes, café, etc.) sejam servidos aos mais velhos ou visitantes ilustres, com um prato ou bandeja sob a base do copo, caneca, xícara, etc.

Fumar na presença de mais velhos e visitantes é terminantemente proibido. Apor cinzeiros sobre as cadeiras dos mais velhos ou dos Minkisi é ato de falta gravíssima. Dentro dos “quartos sacralizados”, entendo que não merece nem comentários a respeito.

Em dia de festividades e no momento de distribuição dos alimentos, é de bom tom que se dê preferência a que os visitantes sejam primeiramente servidos, principalmente aqueles que se destacam como dignidades comprovadas, em retribuição a honra que eles nos fizeram pelas suas presenças.

O uso de bebidas alcoólicas dentro de uma Casa-de-Santo, quer seja em dia de festividades ou não, se for utilizada, deverá ser com o máximo de moderação. Lembrar que aqueles que estão de “obrigação”, assim como os nossos Minkisi merecem o máximo de nosso respeito e, com toda certeza, bebida alcoólica não faz um bom par com Nkisi.

Se não solicitado, um irmão mais novo não tira e nem faz conclusões e nem dá opiniões em roda de irmãos mais velhos. Quantos de nós já não presenciamos ou vivenciamos situações constrangedoras a esse respeito e, em algumas ocasiões, com pessoas que não fazem parte de nossas casas?



IDUMENTÁRIA, ADEREÇOS, SÍMBOLOS E OBJETOS SAGRADOS.

A indumentária religiosa é um dos fatores que fazem a distinção e mostram a posição hierárquica assumida por uma pessoa dentro da Casa-de-Santo, de acordo com as tradições. Essa distinção é feita tanto em nosso país como em terras africanas.

No Brasil, por questões culturais e que também foram absorvidas pelos costumes europeus, tomaram características diferentes daquelas do continente africano, mas, mesmo assim, formaram um modelo que diferenciam desde o Ndumbe até a mais alta dignidade de sua Casa.

Roupas limpas e bem passadas, são condições indiscutíveis em qualquer condição da hierarquia sacerdotal. Os homens devem estar trajados de “Roupa de Ração”, ou seja, calças amarradas com cadarço e camisas com mangas (podendo ser camiseta). Algumas casas dão preferência ao tecido do tipo morim, fustão e cretone, variando de casa para casa. O uso deste tipo de vestimenta deverá ser destinado para os rituais internos. O uso de bermudas e “shorts” não fazem parte de nossos rituais. O uso de batas deve ser destinado aos que possuem 7 ou mais anos de iniciação e com suas “Obrigações” em dia e correspondente a esta idade.

O uso de roupas coloridas não é proibitivo aos iniciados com menos de 7 anos, porém deve obedecer aos critérios da Casa que, normalmente liberam este tipo de estamparia em dias de festividades, dependendo de que tipo é este comemoração. A cor branca sempre é bem aceita em qualquer tipo de ocasião e ritual.

Quanto às mulheres, JAMAIS DEVEM USAR CALÇAS COMPRIDAS dentro da Casa-de-Santo. Os cauçolões devem estar sob as saias.

Uma Ndumbe deve usar poucas anáguas. À medida que é iniciada e vai ganhando tempo de iniciada, o número de anáguas vai aumentando.

O uso de chinelos deverá ser após ter completado e pago a “Obrigação de Três Anos”. As Kotas poderão usar sapatos com saltos e maquiagem, porém a discrição, o bom senso e o bom gosto, combinados, não fazem mal algum para escolha destes complementos, pelo contrário, tornam harmoniosa a imagem da pessoa.

O pano-de-cabeça é obrigatório para os filhos-de-santo do sexo feminino, independentemente se for de Santo Masculino ou Santo Feminino. Em conjunto com o pano-de-cabeça, indispensável o uso do pano-da-costa, que deverá estar com um laço em forma de borboleta para as iniciadas de Santo Feminino e em forma de gravata para as iniciadas de Santo Masculino.

Aos iniciados com mais de 7 anos e com “Obrigação” paga, será permitido o uso de brincos (do tipo: argolas, búzios, corais, monjolos, dependendo do Nkisi para que foi iniciada), da mesma forma a permissão para o uso de pulseiras e braceletes.

As filhas-de-santo que têm permissão para usarem a Bata, deverão estar com seus panos-da-costa colocados na altura do peito ou arrumados na altura da cintura, porém, nunca em forma de faixa enrolada na cintura, pois não é o costume certo e nem elegante para a vestimenta. A quem defenda, em casas mais antigas e tradicionais que o pano-da-costa deverá estar sobre o peito ou na cintura, quando da participação da filha-de-santo em trabalhos ritualísticos. Caso contrário, em dias de festividades, o pano-da-costa deverá estar sobre o ombro direito, caindo para frente e para trás. O pano-da-costa é uma peça do vestuário feminino indispensável para qualquer ocasião que se esteja na Roça-de-Santo ou em visita a uma outra Casa. Talvez seja ele e o pano-de-cabeça sejam as peças mais tradicionais da indumentária feminina em nossos candomblés, oriundo de terras africanas, enquanto o camisu e as anáguas fazem parte do legado dos costumes europeus.

A dixisa, tanto utilizada em nossas casas jamais devem ser arrastadas pelo chão. Sobre ela não se fuma e nem se bebe bebida alcoólica. Elas fazem parte do conjunto de objetos sagrados de nosso culto. Os membros da casa do sexo feminino devem carregar as esteiras debaixo do braço e os de sexo masculino devem carregá-las sobre o ombro. As mulheres iniciadas para Minkisi de “energia feminina” é que devem esticar as esteiras para o dobale de seus irmãos do sexo masculino. Somente em último caso que as mulheres de “santo masculino” estendem as esteiras para os seus irmãos realizarem o dobale.

Às filhas-de-santo é proibido utilizarem os atabaques para tocarem ou mesmo removê-los de seus locais. Da mesma forma a regra serve para outros instrumentos do tipo gã (ganzá), berimbau, reco-reco, xequerê, maracá e outros. Esta atividade é destinada aos Kambondos, confirmados para este fim.

Todos os filhos da Casa, independentemente do tempo de iniciado, ao passarem na frente das cadeiras dedicadas aos Minkisi, atabaques ou pessoas mais velhas, devem fazê-lo abaixando o corpo.

A formação da roda de filhos-de-santo que estarão dançando para os Minkisi deve seguir a hierarquia dos anos de iniciação e postos ocupados na Roça. Não devemos esquecer que a dança também faz parte dos nossos rituais e louvação aos nossos ancestrais, numa forma de reverenciá-los e reviver suas passagens por nossas terras. Sair da roda sem um motivo justificado denota uma falta de respeito e pouco caso com os nossos deuses.

Sei que poderia continuar apontando outras questões que por si só justificariam a necessidade de continuarmos mantendo e sustentando a defesa, de que a postura e os costumes ensinados pelos nossos mais velhos e que hoje estamos abandonando em nome de uma igualdade inexistente, fazem parte das tradições afro-brasileiras e só enriquecem os nossos cultos. Ao contrário de muitos de irmãos nossos que pelo Brasil afora estão confundindo educação e tradição com anarquia.

Finalmente, há que se chamar à atenção para que os mais velhos sempre tenham em mente que a hierarquia sacerdotal serve para diferenciar os tempos de iniciação, mas que jamais deverão servir aos propósitos da humilhação de seus irmãos mais novos. Que a hierarquia, posturas e costumes servem para ser utilizados entre os componentes de uma comunidade e nunca de nós para com os nossosMinkisi. Para estes, seremos sempre munzenzas, e que bom que seja assim, pois desta forma seremos sempre agraciados por suas dádivas, orientações e ensinamentos.

Fonte: Tata riá Nkicie OTUAJÔ

Colaboração de Mametu Mutarerê

COLETANEA TATA GONGOFILA

domingo, 16 de novembro de 2008

SIMPATIAS DA MAKOTA I


A fé é mais importante que tudo, faça com muita fé e for merecimento terá respostas.

Para descobrir ou até curar uma doença: Faça sempre em lua minguante

- Compre uma tesoura virgem e abra ela nas costas da pessoa doente, reze com ela aberta 7 credos e após terminar pede a pessoa para dar 3 (três) passos a frente e assim que ela dê o primeiro passo feche a tesoura e guarde por 7 (sete ) dias, após os 7 dias corte qualquer coisa com ela e use-a normalmente.

Para as pessoas que se sentem que não vistas por ninguém no caso amor e amizades etc. Lua nova, crescente ou cheia

- Peque uma ramo de salsa, 7 cravos da índia, um pedaço de canela, meia noz moscada ralada um pouco de erva doce, 7 gotas de perfume que você use, 3 rosas vermelhas, uma colher de sopa de mel. Melhor dia para fazer a simpatia é uma quarta feira.

Coloque um litro de água para ferver e quando estiver fervendo e coloque todos os ingredientes acima, tampem e esperem esfriar, passe em peneira tome o banho do pescoço para baixo e o resto que foi peneirado coloque em um jardim bem florido e peça tudo que deseja..

Ter um bom trabalho: Lua cheia, nova ou crescente

- No dia 7 de qualquer mês reze 7 aves Maria oferecendo as preces para o seu anjo da guarda ou seu santo de devoção. Enquanto estiver concentrado na prece peque um pequeno pedaço de pano branco e costure-o com uma linha da mesma cor e coloque 7 sementes de romã dentro dele, formando um patuá, carregue-o com você na bolsa ou carteira.
Para chamar uma pessoa de volta para casa: Lua cheia nova ou crescente

- Peque uma vela comum, acenda atrás da porta de entrada da casa reze o salve rainha até o mostrai chamando pelo nome da pessoa, acabou de rezar apague a vela e bata com pé direito na porta 3 vezes chamando pela pessoa, após reze um Pai Nosso e uma Ave Maria para o anjo da guarda da pessoa chamada, repete-e 7 dias seguidos com a mesma vela sempre acendendo e apagando toda as vezes que for fazer ou até a pessoa voltar.

Para retirar energias negativas de dentro da casa: Lua minguante

Amônia e essência de flor de laranjeira.

- Compre um vidro de amônia e coloque três tampinhas de amônia em uma bobona com água, venha borrifando em todos os cômodos da casa dos fundos para frente e depois com outra bobona coloque sete gostas da essência na água de flor de laranjeira e venha borrifando da frente para os fundos. Fazer três dias seguidos no mesmo horário. Se a pessoa não tiver alergia a amônia tome o banho com um litro de água acrescentando uma tampa de amônia e jogue do pescoço para baixo e em seguida jogue o banho de essência de flor de laranjeira da cabeça aos pés.

Para o dinheiro render e não faltar em sua bolsa: Lua cheia, nova ou crescente

- Peque um pedaço de couro de cobra, faz um breve com um pedaço de pano vermelho e uma moeda da qual você tenha achado e carregue sempre na carteira com você. Faça sempre em uma lua boa, nova, crescente ou cheia. Dia da semana quarta feira.

Para a mulher que não se sente atraente etc. Lua crescente

- Em sexta feira de lua crescente às 18 horas em ponto, peque uma rosa vermelha e dê uma leve mordida no talo da rosa e deixe em uma encruzilhada, fêmea oferecendo as entidades de habitam nela e peça que você quer.

Para prender a pessoa que você ama: Lua cheia, crescente ou nova

- Em papel rosa escreva 7 vezes o nome da pessoa que você deseja para você, peque uma banana verde e da terra, corte ao meio no sentido comprido e ponha o papel escrito no meio da banana, une as duas partes com uma fita vermelha e enterre a fruta em um vaso de flores coloridas. Dia da semana sábado.

Para aquele casamento sair logo: Lua nova

- Usando uma fita rosa, amarre uma rosa e um cravo, ambos vermelhos e chame o nome o nome do seu amor três vezes, e durma com as flores de baixo do colchão e, no dia seguinte, jogue em um rio ou lixo.

Para casar-se rápido:

- Em uma sexta feira de lua cheia, peque uma fita vermelha e escreva nela o nome do seu amor. E enterre aos pés de uma roseira que tenha botões Santo Antonio, assim como existem palavras que fazem nascer o símbolo do amor. Fazei com que ( repita o nome da pessoa), já mais queira se afastar de mim e oficialize a nossa união mais rápido do que esses botões que estão para abrir. Assim seja saia do local sem olhar para trás.

Para afastar rivais: Lua minguante.

- Peque uma pimenta vermelha e um dente de alho e amasse-os bem até formar uma pasta, passe esta mistura em uma vela branca que deve ser acesa em um pires da mesma cor. Enquanto a vela estiver queimando pense que nenhuma mulher e capaz de atrapalhar a minha felicidade e de meu amor. Jogue o que sobrar da magia no lixo e uso o pires como de costume

Para ter sorte no amor: Lua crescente

- Dentro de um saquinho feito com um tecido rosa, coloque algumas pétalas de rosas vermelhas, um pingente de coração e gotinhas de essências de sândalos e feche o patuá com linha branca. Em seguida, acenda um incenso de jasmim e passe o saquinho pela fumaça do incenso e carregue sempre com você quando sair de casa. Fazer no sábado.

COLETÂNEA DA MAKOTA SAMBAKUTALAMIN

terça-feira, 11 de novembro de 2008

ACAÇÁ: COMIDA DOS ORIXÁS



Trechos retirados da Revista Orixás

As definições mais elementares do acaçá (àkàsà) dizem que se trata de uma pasta de milho branco ralado ou moído, envolvido, ainda quente, em folhas de bananeiras. A definição é correta, mas extremante superficial, pois o acaçá é de longe a comida mais importante do candomblé. Seu preparo é forma de utilização nos rituais e oferenda. Envolvem preceitos e regulamentos bem rígidos, que nunca podem deixar de ser observados.
Todos os orixás, de Exu a Oxalá, recebem acaçá. Todas as cerimônias, do ebó mais simples as sacrifícios de animais, levam acaçá. Em rituais de iniciação, de passagens fúnebres e tudo o mais que ocorra em uma casa de candomblé só acontece com a presença do acaçá. A vida e a morte no candomblé se processam à partir desta oferenda fundamental, sem a qual nenhum homem seria poupado dos dissabores e percalços do destino. Quando recorremos á história dos orixás, percebemos o grande mal que a humanidade todas as vezes que se afasta do poder divino, representada, nesse caso, pelo poderoso Orun, a morada de todas as divindades, e pelo supremo, senhor do Destino dos Homens. Olodumaré, também conhecido como Olorum (Zambi).
Só existe uma oferenda capaz de restituir o axé e desenvolver a paz e a prosperidade na Terra, ela é justamente o acaçá. Mas o que faz de uma comida aparentemente tão simples a maior das oferendas aos orixás?
Será que todos sabem o que realmente é um acaçá?
Façamos então uma classificação dos elementos que compõem o acaçá para chegarmos à derradeira conclusão. Primeiramente, é preciso esclarecer que a pasta branca à base de farinha de milho (que fica alguns dias de molho e depois passada pelo pilão ou moinho) chama-se na verdade eco (èko). Depois de coxear, uma porção da pasta ainda quente, é envolvida em um pedaço de folha de bananeira para enrijecer (na África é utilizada outra folha, chamada èpàpo), tornando-se, agora sim, um acaçá. (Hoje em dia nós temos a facilidade de encontrar o milho vermelho moído que é o fubá vermelho e o milho branco que é o fubá branco, mais existem sacerdotes que ainda utilizam o ritual de antigamente).
Percebe-se a fundamental importância da folha de bananeira, uma vez que o eco só passa a ser acaçá quando envolvido em uma folha verde que lhe atribui existência individualizada, pois passa a ser uma porção desprendida da massa, assim como e emi, que dá vida aos seres, é, na verdade, uma parte da atmosfera, ou do próprio Olorum, que todos ser leva dentro de si, o sopro da vida, o ar que respiramos.
Portanto, o acaçá é um corpo, o símbolo de um ser. A única oferenda que restituí a redistribui o axé.
É importante insistir que o que faz do acaçá um corpo único, eminente representação de um ser, é a folha, seu poderoso invólucro verde, que lhe confere individualidade e força vital diante do poderoso orun, os orixás e do grande Deus Oludumaré.
Somente a água é tão importante quanto o acaçá, pois não existem substitutos para nenhum dos dois, que são, a exemplo do obi, elementos indispensáveis em qualquer ritual. Ambos configuram-se como símbolo da vida, e é justamente para afastar a morte do caminho das pessoas, para que o sacrifício não seja o homem, que são oferecidos.
O acaçá remete ao maior significado que a vida pode ter: a própria vida. E por ser o grande elemento apaziguador, que arranca a morte, a doença, a pobreza e outras mazelas do seio da vida, tornou-se a comida e predileção de todos os orixás.
Fato é que quem não faz um bom acaçá não é um bom conhecedor do candomblé, pois as regras e diretrizes da religião nunca foram ditadas pela intuição. “Constituem grandes fundamentos cristalizados” ao longo de anos e anos de tradição. Aos incautos vale afirmar que candomblé não é intuição, mas fundamento sim, e fundamentos se aprende.
Fundamento é o segredo compartilhado, o detalhe que faz a diferença e a prova de que ninguém pode enganar o orixá.
O acaçá deve permanecer fechado, imaculado até o momento de ser entregue ao orixá. Só então é retirado da folha. É como se o sagrado tivesse de ficar oculto até a hora da oferenda, prova de que o segredo é quase sempre um elemento consagrado. E o segredo do acaçá é enrolar na folha de bananeira, é o que mantém um terreiro de candomblé de pé. Não existe acaçá que não seja enrolado na folha de bananeira..
Entretanto, a imprudência vigora em muitos terreiros e não raras vezes se ouve falar de novas iguarias apresentadas como acaçá. Os mais comuns são os acaçá de pia e de forma. No primeiro caso a massa de ecó, mais grossa, é colocada às colheradas sobre o mármore das pias, onde os bolinhos esfriam antes de serem utilizados nos ritos. Na segunda receita a massa é espalhada em uma forma e posteriormente cortada em quadradinhos. Este é um procedimento incorreto e condenável, e as pessoas que agem assim então fadadas ao insucesso e não podem ser consideradas pessoas de axé.
Não há candomblé sem acaçá, nem acaçá sem folha. A religião dos orixás não admite modificações na essência na essência, e esta comida é essencial, portanto, inviolável. Primeiro vem o acaçá antes dele só a vida. Logo, a folha de bananeira guarda uma vida. Deixar a massa do acaçá exposto é o mesmo que deixar a vida vulnerável. Eis o grande fundamento.


COLETANEA DO TATA GONGOFILA.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

DEPOIMENTO DE FÉ E GRATIDÃO.

SUA BENÇÃO PAI QUERIDO, OBRIGADO POR CADA LIÇÃO DE HUMILDADE E FÉ QUE RECEBO A CADA REENCONTO NOSSO, AGORA TORNADAS PUBLICAS PARA AQUELES QUE PRECISAM OUVIR A VOZ DO MAIOR DE TODOS NÓS.

NUM MUNDO ONDE IMPERA A VIOLÊNCIA, A CORRUPÇÃO E UMA INVERSÃO TOTAL DE VALORES, CHEGA-SE FACILMENTE A CONCLUSÃO QUE O HOMEM SE AFASTOU DA RELIGIÃO E FOI BUSCAR DE BENS MATERIAS. É MUITO BOM O TRABALHO COLOCADO A DISPOSIÇÃO DOS INTERNAUTAS, E MOSTRA O QUANTO VOCÊ PAI, FALA EM NOME DE ZAMBI.

FELIZMENTE AINDA RESTA A ESPERANÇA QUE AO CONSULTAR ESTE TRABALHO ESPIRITUAL O HOMEM ENCONTRE NA ESTRADA DE SUA VIDA O RETORNO COLOCADO A CADA DESENCONTRO POR ZAMBI. SUGIRO, HUMILDEMENTE, BASEADO EM MINHA FÉ ABSOLUTA NO CANDOMBLÉ, QUE ME TROUXE ATÉ AQUI, APÓS MUITAS CURVAS VENCIDAS, QUE VOCÊ MEU PAI CONTINUE OFERECENDO A OPÇÃO ESPIRITUAL COLOCADA AO ALCANCE DE TODOS QUE NECESSITAM SE REENCONTRAR CONSIGO MESMO.

O CAMINHO NÃO É DIFICIL, BASTA VOCÊ QUERER SEGUIR OS FUNDAMENTOS UNICOS DO CANDOMBLÉ, CUJA PESQUISA MUITA LUZ PODERÁ LHE DAR PARA QUE VOCÊ ALCANCE O SONHO DE PODER SUPERAR OS DESAFIOS DO DIA-A-DIA DESTE MUNDO MARAVILHOSO QUE A NOSSA RELIGIÃO LHE OFERECE.

LEMBRE-SE, QUE QUANDO O SOL NÃO VEM AO SEU ENCONTRO, VÁ AO ENCONTRO DO SOL ( LEIA-SE : QUERER É PODER ). PORTANTO, DEPENDE SO DE VOCÊ, FAÇA COMO EU VÁ AO ENCONTRO DA FELICIDADE COM SEUS PROPRIOS PÉS, LEIA SEMPRE ESSAS MENSAGENS OFERECIDAS POR UM FILHO DE ZAMBI (DEUS NO ANGOLA). E, SEJA FELIZ...

ESTE DEPOIMENTO DE TESTEMUNHO DE FÉ FOI PRESTADO CONSCIENTE E ESPONTANEAMENTE, E COMO PROVA MAIOR DA MINHA GRATIDÃO AO CANDOMBLÉ, ESPECIALMENTE AO COMPLETAR 25 ANOS DE FIDELIDADE A ESTA CASA, DA QUAL ME TORNEI FILHO E PERMANECEREI ETERNAMENTE. NA COMPANHIA DOS MEUS ZELALDORES DO NKICEQUE ME REGE ( NZAZE ) O TATA GONGOFILA E A MAKOTA SAMBACUTALAMIM

Dr. ALCI DAROCHA

ADVOGADO CARIOCA, RESIDENTE EM RORAIMA – RR.

E-MAIL: alci darocha-adv@uol.com.br